Coordenadora do curso de Pedagogia da UniSul dá dicas de como influenciar os pequenos a realizarem brincadeiras benéficas para seu crescimento
O mês de outubro celebra a infância e também deve ser um momento para conscientizar pais e professores sobre os cuidados necessários que as crianças precisam para ter um crescimento e desenvolvimento saudável. A professora Mariléia Mendes Goulart, coordenadora do curso de Pedagogia da UniSul, integrante do Ecossistema Ânima, explica que hoje em dia é comum que pais e familiares presenteiem as crianças com celulares, tablets e videogames.
Segundo a pedagoga, a tela é uma aliada, mas não pode ser a única forma de brincar, por isso é necessário resgatar e incentivar as brincadeiras lúdicas como pique-esconde, cabo de guerra, faz de conta, entre outras, a fim de garantir o desenvolvimento infantil. Entenda a importância das brincadeiras para as crianças e da participação do crescimento dos pequenos.
De acordo com a professora, o brincar é um dos principais responsáveis pela ampliação das habilidades motoras, sociais e físicas das crianças. É durante esse processo que os pequenos aplicam a descoberta e o conhecimento dos seus limites na vida real. “A brincadeira é um campo de liberdade onde as crianças, enquanto brincam, aprendem, se desenvolvem, imitam a vida real, recriam papéis sociais, criam culturas, imaginam e experienciam o mundo por meio da relação com objetos, com outras crianças e com o universo adulto. Pela sua importância, o brincar, na atualidade é reconhecido por estudiosos, educadores, organizações governamentais nacionais e internacionais”, explica Mariléia Mendes Goulart.
Para a professora da UniSul, a iniciativa dos pais brincarem com os filhos pode ser uma grande oportunidade de criar vínculos com as crianças e promover uma visão mais ampla sobre a vivência no mundo, participando das brincadeiras dos pequenos. “A família tem responsabilidade de criar momentos, espaços e tempos, para vivenciarem as brincadeiras. Tempos de qualidade, para escutar, olhar e sentir o modo de viver e criar das crianças, buscando jeitos de olhar e sentir a infância. Esses momentos possibilitarão memórias, autonomia, segurança, resultando em uma experiência rica em ludicidade e vínculo afetivos com os filhos. Cabe lembrar, que todo adulto tem um universo infantil que está presente dentro de si”, pontua a coordenadora do curso de Pedagogia da UniSul.
Mariléia Goulart destaca que os dispositivos eletrônicos não são vilões no desenvolvimento dos pequenos, desde que utilizados com equilíbrio e sob a devida orientação, uma vez que também podem auxiliar no desenvolvimento. “Esses equipamentos podem contribuir para o raciocínio lógico e desenvolvimento das crianças, desde que usados para esse fim. Contudo, é preciso pensar no modo que são utilizados e, ainda, da faixa etária das crianças”, destaca a pedagoga. “O uso exagerado não permite que as crianças recriem ou criem culturas, uma vez que jogos, programas televisivos, entre outros, quase sempre estão prontos, não permitindo ações efetivas dos usuários”, alerta a professora da UniSul.