As partidas de volta vão ocorrer nos dias 14 e 15 de setembro.
A vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo, que deixou o Flamengo mais perto da vaga na final da Copa do Brasil, foi uma prova da maturidade e alta capacidade competitiva que o time de Dorival Júnior alcançou.
Mesmo com um desempenho abaixo do que a equipe tem mostrado recentemente, conquistou um ótimo resultado fora de casa e soube sair de uma situação que está pouco acostumado: ser pressionado e exigido na defesa. Na frente, foi letal para conquistar a vantagem.
O Flamengo teve mais a bola, e o São Paulo se fechou em busca dos contra-ataques. Um dos pontos fortes do time de Dorival não se repetiu na partida. Os jogadores de frente não conseguiram fazer o "perde e pressiona" com eficiência, e o Tricolor criou muitas chances, principalmente pela esquerda com Patrick.
O goleiro Santos mais uma vez teve participação decisiva com defesas importantes. Na frente, o Flamengo foi letal. Everton Ribeiro achou João Gomes dentro da área, e o volante marcou de cabeça.
- A nossa marcação não encaixou em sentido nenhum. Nós demos espaço. Mas mesmo assim a nossa última linha estava muito bem postada e isso é um ponto positivo da nossa equipe. Foi um dia que não tivemos uma partida equilibrada dentro das nossas condições e, mesmo assim, fomos letais nas jogadas criadas - analisou Dorival.
Gabigol não estava em dia inspirado. Errou passes, interrompeu ataques e desperdiçou uma boa chance após passe de Pedro, mas quando a bola sobrou limpa para empurrar para o fundo do gol, não perdoou e colocou o 2 a 0 no placar.
A essa altura o São Paulo já estava rondando com perigo a meta rubro-negra. Aos 21 do segundo tempo, Rodrigo Nestor conseguiu acertar o canto de Santos e diminuiu.
Dorival mexeu no time para dar mais fôlego, e coube a Everton Cebolinha, já aos 48 do segundo tempo, decretar o 3 a 1 que deixa o Flamengo mais confortável para o jogo de volta, dia 14 de setembro, no Maracanã. Foi o primeiro do atacante pelo clube.
Fluminense x Corinthians
Não é fácil levar um gol no primeiro lance de um jogo de mata-mata, com o Maracanã lotado de torcedores adversários e ainda assim buscar o empate. É ainda mais difícil ver o roteiro se repetir no segundo tempo e ter forças para reagir.
Há que se destacar a resiliência do Corinthians no empate por 2 x 2 com o Fluminense, na primeira semifinal da Copa do Brasil. Valente, o time conseguiu assimilar dois duros golpes e arrancar um ótimo resultado para decidir em Itaquera a vaga na decisão. Porém, é preciso reconhecer: o Timão volta a São Paulo com um placar bem melhor do que sua atuação.
No primeiro tempo, a equipe de Vítor Pereira conseguiu discutir mais o jogo. Após levar um gol sem nem sequer tocar na bola, o Timão tentou equilibrar as ações, mas esbarrou em muitos erros de passe. Os donos da casa tinham mais a bola. Os visitantes eram agudos nos contra-ataques.
Em um deles, aos 22 minutos, Yuri Alberto aproveitou confusão entre Nonato e André, arrancou e encontrou tempo e espaço precisos para deixar Renato Augusto em condições de empatar. O camisa 8, em noite inspiradíssima, recolocou o Corinthians no jogo.
Com muita entrega física e disciplina tática, a equipe tentava subir a marcação e retomar a posse no campo de ataque. Em alguns momentos dava certo, como aos 31, quando Róger Guedes acertou bom chute de fora da área e quase virou o jogo.
Se na primeira etapa o Corinthians ainda conseguiu trocar golpes com o Fluminense, na segunda foi presa fácil. A impressão que se tinha era de que o time parecia mais preocupado em não levar o terceiro gol do que buscar o segundo.
Com opções escassas no banco de reservas, Vítor Pereira tardou a mexer. Mesmo com o Corinthians criando pouquíssimo, o técnico foi realizar as primeiras substituições aos 40 minutos. Dois dos três escolhidos para entrar - Mateus Vital e Ramiro - nem estavam nos planos do clube até pouco tempo atrás, o que evidencia os desequilíbrios no elenco alvinegro e o prejuízo causado pelos diversos desfalques por lesão.
Quando essa estratégia não funcionava e o Fluminense conseguia furar a primeira linha de marcação, os comandados de Vítor Pereira se postavam no campo defensivo e fechavam espaços. Nesse sentido, Fausto Vera teve papel importante, recuando e ficando quase na linha dos zagueiros em alguns momentos.
Róger Guedes e Adson voltavam bastante para ajudar os laterais e dar liberdade para Renato Augusto ficar mais à frente.
Algumas atuações individuais, porém, prejudicavam o coletivo. Fábio Santos esteve em jornada ruim, só não pior que a de Fagner, envolvido nas jogadas dos dois gols do Fluminense.
Cássio, porém, compensava. O goleiro fez milagres em cabeceio de Cano à queima roupa, aos 34 do primeiro tempo, e em chute cruzado do argentino, aos 11 do segundo.