O Brasil tem 11 bloqueios em estradas federais, segundo boletim divulgado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) às 8h09 de hoje.
As ocorrências atingem três estados: Mato Grosso, com 9 ocorrências, Paraná e Pará, ambos com uma ocorrência cada. De acordo com a corporação, há também 27 registros de interdições, quando o trânsito nas rodovias fica parcialmente interditado.
A PRF ainda informou que já desfez 1.207 manifestações. Os bloqueios são feitos por manifestantes que defendem um golpe após a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno.
No balanço anterior, divulgado às 5h45 de hoje, a PRF disse haver oito bloqueios em estradas federais e outras 21 interdições.
Veja as cidades que possuem bloqueios:
Três registros em Sorriso (MT); Dois registros em Lucas do Rio Verde (MT); Matupá (MT) Campos Novo dos Parecis (MT) Nova Mutum (MT) Água Boa (MT) Itaituba (PA) Terra Roxa (PR) Cidade com cerca de 92 mil moradores no interior de Mato Grosso.
Os atos contestavam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial.
STF bloqueou contas de suspeitos de financiar atos Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o bloqueio das contas bancárias de 43 pessoas físicas e empresas suspeitas de bancar essas manifestações. "Propagar o descumprimento e desrespeito ao resultado do pleito eleitoral [...], com consequente rompimento do Estado Democrático de Direito e a instalação de um regime de exceção", diz o documento assinado pelo ministro.
Entre os financiadores está Atilio Elias Rovaris, empresário do agronegócio e piloto amador de rally responsável por uma doação de R$ 500 mil para a campanha de Bolsonaro. Ele foi procurado, mas não quis se manifestar. Somados, os suspeitos de financiar os atos golpistas foram responsáveis também pelo pagamento de R$ 1,3 milhão destinados à disputa eleitoral. MPF cogita omissão de PRF em atos golpistas.
Na última segunda-feira (14), o MPF (Ministério Público Federal) do Rio de Janeiro pediu o afastamento por 90 dias de Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal). No pedido, a entidade argumenta que ele fez uso indevido do cargo ao pedir votos irregularmente.
O MPF cogita, inclusive, que a conduta de Silvinei possa ter interferido na atuação da PRF durante os bloqueios golpistas nas rodovias federais. "Após o anúncio do resultado das eleições, instalou-se no país um clima de instabilidade o qual demandou a atuação imediata de vários órgãos.
Não se pode afastar, de plano, que as manifestas preferências do requerido tenham influenciado e possam vir influenciar a condução das ações da PRF durante este momento de crise", cita a ação. No dia seguinte ao pedido de afastamento, Silvinei entrou de férias.
A PRF não informou quanto tempo Vasques ficará fora da função.