“Me indiciaram sem me convocar”, critica Bolsonaro sobre relatório da CPMI de 8/1
Nesta quarta-feira (18), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro aprovou por maioria o relatório apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) que pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outras 60 pessoas. A lista de indiciamentos inclui ex-ministros, parlamentares, militares e empresários ligados ao ex-presidente. O relatório acusa a "omissão do Exército" frente aos acampamentos e critica a "ambiguidade" das notas oficiais das Forças Armadas após as eleições.
A oposição apresentou um relatório paralelo pedindo o indiciamento de outros nomes, incluindo o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o presidente Lula por suposta omissão. No entanto, o relatório da maioria governista foi aprovado com 20 votos a favor e 11 contrários.
"Os indiciamentos que estão aqui consignados deste relatório contam com respaldo e com muita fundamentação", afirmou Eliziane Gama.
Nesta quarta-feira (18), após comparecer à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não houve imparcialidade no relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou, por 5 meses, os atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023. O relatório de Eliziane Gama (PSD-MA) pede o indiciamento dele e outras 60 pessoas, entre essas generais do Exército e ex-ministros de seu governo.
“Completamente parcial, a funcionária de Flávio Dino recebeu, com toda certeza, aquilo já pronto, e entregou. Um absurdo. Por que não me convocaram? Me indiciam sem me convocar. Eu iria lá, sem problema nenhum”, criticou Bolsonaro.
O relatório final da CPMI dos atos de 8 de janeiro foi apresentado na terça-feira (17/10). Além de Bolsonaro, entre os indiciados estão o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno.
Esse documento aponta os nomes dos que seriam responsáveis direta ou indiretamente pelos atos de 8 de janeiro, quando vândalos invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
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