Prefeito, vice-prefeito e empresário presos apresentam versões diferentes sobre recebimento de propina
Nesta quinta-feira (15), a reportagem do ND Notícias revelou os depoimentos do prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, do vice-prefeito Caio Tokarski e do dono da Versa Engenharia (antiga Serrana), todos presos na Operação Mensageiro. Os depoimentos destacaram contradições, com os políticos negando terem recebido propina em troca de favorecimento em licitações de serviços públicos, enquanto o empresário afirmou que acertou um acordo em que o dinheiro era destinado aos políticos.
Durante os interrogatórios, que duraram quatro horas, Ponticelli, Tokarski e Mendes se declararam inocentes. O dono da Serrana rebateu as versões apresentadas pelos políticos, afirmando que já havia acertado um valor destinado ao prefeito e vice-prefeito. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) destacou que existem elementos robustos de que os políticos receberam uma "mesada" de R$ 30 mil do Grupo Serrana.
As licitações da gestão de resíduos em Tubarão também foram tema dos depoimentos. Enquanto Ponticelli e Tokarski alegaram que foram realizadas de forma correta e seguindo as exigências do Tribunal de Contas, o dono da Serrana afirmou que o processo favorecia a empresa investigada, embora tenha sido orientado a fazê-las de maneira legal.
As defesas dos presos alegaram inocência e destacaram que as delações podem ser anuladas por beneficiar a empresa que continua atuando. O advogado do ex-gerente Darlan Mendes afirmou que todas as manifestações serão feitas no processo, enquanto o advogado do prefeito Ponticelli ressaltou que a delação não é prova, mas um meio de prova.
A Operação Mensageiro continua em andamento, e a defesa da Serrana ainda não se manifestou.
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