Moeda americana avançou 23,42% no ano, refletindo incertezas sobre o ajuste fiscal do governo e impacto na inflação
Nesta sexta-feira (29), o dólar caiu um novo recorde histórico, chegando a R$ 6,05 durante o pregão, o maior valor já registrado no mercado nacional. O aumento reflete as preocupações com o cenário fiscal brasileiro e a eficácia das medidas econômicas anunciadas pelo governo, além de fatores externos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , detalhou nesta semana um pacote de ajuste fiscal que inclui cortes de R$ 70 bilhões nos gastos públicos entre 2025 e 2026 e R$ 327 bilhões até 2030. O plano prevê a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, com uma nova alíquota de 10% para rendas acima de R$ 50 mil mensais , mas o mercado demonstra ceticismo quanto à capacidade de equilibrar as contas públicas.
Impactos e temores econômicos
Economistas apontam que a alta do dólar deve agravar o cenário econômico. A valorização da moeda americana pressionou os custos de importação , intensifica a inflação e eleva o custo da dívida externa . As empresas que dependem de insumos importados deverão enfrentar desafios adicionais, comprometendo o crescimento econômico.
Às 9h15, a moeda já subia 0,87% , cotada a R$ 6,0410 , e alcançou o pico de R$ 6,0550 . No acumulado da semana, a alta foi de 3,02% , com avanços de 3,59% no mês e impressionantes 23,42% no ano .
Com o cenário atual, os especialistas reforçam a necessidade de medidas estruturais que restaurem a confiança do mercado e aliviem as perdas econômicas.
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