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GERAL

Elon Musk orienta brasileiros sobre uso de VPN para acessar o X/Twitter em meio a ameaça de restrição

Proprietário da plataforma divulga vídeo explicativo após possíveis medidas restritivas no Brasil; VPN pode ser solução alternativa

Brasília - DF, 08/04/2024 09h52 | Atualizada em 08/04/2024 09h52 | Por: Redação | Fonte: Hora Brasília

Neste domingo (7), Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), compartilhou um vídeo tutorial sobre o uso de VPN (Rede Virtual Privada), em resposta à possível restrição da plataforma no Brasil. A medida, que pode ser imposta pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, ameaça o acesso à rede social.

As VPNs, que permitem aos usuários navegar como se estivessem em outro local do mundo, surgem como uma alternativa para acessar o X em caso de bloqueio. O vídeo, originado do perfil Dose Designer, detalha o procedimento passo a passo: "Basta baixar um aplicativo VPN de sua preferência, iniciá-lo e conectar-se ao local desejado... Após a conexão, você poderá acessar qualquer aplicativo restrito em sua região". Musk, ao compartilhar o vídeo, simplificou: usar VPN é "muito fácil".

O final de semana foi marcado pelo embate de Musk contra as decisões de Alexandre de Moraes, criticando o bloqueio de contas associadas. Musk intensificou suas declarações neste domingo, afirmando: "Esse juiz traiu descarada e repetidamente a Constituição e a população do Brasil. Ele deveria renunciar ou sofrer um impeachment". Com isso, Musk sinaliza a intenção de reverter as suspensões, incluindo a de figuras como Luciano Hang, dono da Havan.

Moraes inclui Elon Musk como investigado no inquérito das milícias digitais

Na noite deste domingo (7), uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, coloca Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter), no inquérito sobre milícias digitais antidemocráticas e seu possível financiamento. Moraes amplia o escopo do inquérito, determinando que o X cumpra rigorosamente todas as ordens judiciais emanadas do STF ou TSE, citando uma “dolosa instrumentalização criminosa” da rede social em casos de disseminação de fake news e incitação de atos contra a democracia.

Esta medida vem na esteira da análise das ações de figuras-chave do Google e do Telegram no Brasil, suspeitas de orquestrar campanhas contra o projeto de lei das Fake News e fomentar movimentos para um golpe de Estado.

Elon Musk, ao longo do fim de semana, agitou as redes com anúncios sobre a remoção de restrições judiciais na sua plataforma, além de sugerir que Moraes deveria “renunciar ou sofrer impeachment”. Embora ainda não esteja claro se houve descumprimento de alguma ordem judicial pelo X, as declarações de Musk reacenderam o fervor dos apoiadores de Bolsonaro.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, sem mencionar as recentes falas de Musk ou Moraes, rememorou através de um vídeo um encontro com o empresário em 2022, chamando-o de “o mito da nossa liberdade”.

Moraes proíbe X de desobedecer ordem judicial, sob pena de multa de R$ 100 mil por perfil reativado

O X (antes Twitter) enfrenta uma nova determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, que incluiu a plataforma e seu proprietário, o bilionário Elon Musk, no inquérito sobre milícias digitais. A decisão estipula que o X pode ser multado em R$ 100 mil por dia por cada conta na rede que seja reativada ou não suspensa, conforme ordenado judicialmente.

A medida visa responsabilizar os gestores do X no Brasil por qualquer desobediência às ordens do tribunal. Moraes foi categórico em sua decisão: “As redes sociais não são terra sem leis! As redes sociais não são terra de ninguém!”.

Esta ação vem após Musk desafiar as ordens de Alexandre de Moraes afirmando que irá ignorar decisões que suspendem contas envolvidas na propagação de ‘notícias falsas’. Musk chegou a criticar diretamente Moraes, sugerindo que o ministro deveria “renunciar ou sofrer impeachment”.

Em resposta aos ataques de Musk, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, enfatizou que a soberania do Brasil não estará subjugada ao poder das plataformas digitais e das grandes empresas de tecnologia.

Por outro lado, o ex-presidente Jair Bolsonaro, em uma superlive que aconteceu na noite deste domingo, declarou seu apoio a Musk, compartilhando no X uma lembrança de seu encontro com o empresário em 2022, descrevendo-o como “o mito da nossa liberdade”.

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