Diagnosticado com mielomeningocele ainda na gestação, menino enfrenta nova batalha e família corre contra o tempo para arrecadar R$ 96 mil para cirurgia em Porto Alegre
Com apenas 10 anos, João Pedro já venceu batalhas que muitos adultos jamais enfrentaram. Agora, precisa da sua ajuda para continuar caminhando — literalmente.
Diagnosticado com mielomeningocele, uma má formação congênita na coluna, ainda durante a gestação, João teve sua vida transformada antes mesmo de nascer. Aos 18 semanas de gravidez, sua mãe, Daiane Goulart Constante, ouviu de médicos em Santa Catarina que o aborto seria a opção mais viável. Mas o amor falou mais alto.
“Lutei para salvar o meu filho. Descobri uma cirurgia intrauterina realizada em São Paulo. Amigos nos ajudaram, conseguimos ir até lá e fizemos a cirurgia”, lembra Daiane.
A cirurgia precoce foi essencial para minimizar as sequelas neurológicas da mielomeningocele, que podem afetar membros inferiores, cérebro, intestino e bexiga. Desde então, João Pedro é tratado com fisioterapias constantes e acompanhamento médico especializado.
Hoje, João vive uma infância intensa e cheia de conquistas. Ele anda de bicicleta, joga futebol, luta jiu-jítsu, é coroinha na igreja, escoteiro e apaixonado por cavalos. “É uma lista, graças a Deus, ele faz muita coisa”, conta a mãe.
A família mora em Tubarão (SC), e desde o nascimento de João tem enfrentado a rotina intensa de cuidados, tratamentos e deslocamentos em busca de qualidade de vida para o menino.
Aos 10 anos, João precisa passar por uma cirurgia de correção nos tendões e joelhos, pois a condição afeta a postura e flexiona suas pernas, o que pode se agravar com o crescimento. O risco, segundo os médicos, é que ele perca mobilidade e acabe em uma cadeira de rodas se não operar em breve.
A cirurgia está orçada em R$ 96 mil e deve ser realizada em Porto Alegre, com um médico especialista em mielomeningocele. Após o procedimento, o menino deve permanecer de 3 a 6 semanas engessado.
“O tempo é nosso inimigo agora. O SUS pode levar anos, o plano está envolvido em burocracias. E não podemos esperar”, explica Daiane.
A mielomeningocele, também conhecida como espinha bífida aberta, é um defeito congênito em que a coluna vertebral e o canal espinhal não se fecham completamente durante o desenvolvimento fetal. A condição expõe a medula espinhal e as meninges (membranas protetoras), geralmente na região lombar ou sacral.
É a forma mais grave de espinha bífida (defeito do tubo neural).
Pode causar paralisia, problemas motores, dificuldade no controle da bexiga e intestinos, hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro) e até dificuldades de aprendizagem.
O tratamento inclui cirurgia para fechar a abertura (ao nascer ou, em casos como o de João Pedro, ainda no útero) e terapias contínuas (física, ocupacional, etc).
A causa exata não é conhecida, mas fatores genéticos e ambientais influenciam. A suplementação com ácido fólico antes e durante a gravidez reduz significativamente o risco.
A família lançou uma campanha solidária para arrecadar o valor necessário e pede qualquer tipo de contribuição, por menor que seja.
“Pode ser R$ 1, R$ 2, o que for possível. O importante é ajudar e compartilhar. Um pouquinho de cada um pode fazer uma enorme diferença”, apela a mãe.
João Pedro reforça o pedido com a sinceridade de uma criança cheia de sonhos:
“Não quero parar de fazer tudo o que eu faço. Me ajudem, por favor. Quero continuar jogando bola, lutando, andando de bicicleta e a cavalo. Muito obrigado a quem puder ajudar.”
A família está organizando rifas, eventos com cavalos e ações comunitárias para arrecadar fundos. Quem puder colaborar com ideias, doações ou voluntariado será bem-vindo.
Pix para doações:
Chave Pix: 48999404141 – Daiane Goulart Constante
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@daiane_constante