No ano do Bicentenário da heroína, os cuidados com a história é uma forma de preservar para gerações futuras
O Governo Municipal, por meio da Fundação Lagunense de Cultura, vem realizando o levantamento das peças do acervo do Museu Histórico Anita Garibaldi para futuramente revitalizar o espaço.
No ano do Bicentenário da heroína, os cuidados com a história é uma forma de preservar para gerações futuras, a riqueza do patrimônio cultural de Laguna.
Antes das peças saírem do museu para dar espaço as melhorias, a Fundação Lagunense pretende ter a catalogação de todo o acervo.
O prédio de 1735, ficou conhecido como edifício de câmara e cadeia, abrigava no piso superior a Câmara de Vereadores e no térreo, o corpo da Guarda Municipal. Na praça, diante do Museu, há uma estátua inaugurada, em 1964, em homenagem a heroína. O museu está fechado para o restauro. No ano de 2019 chegou a receber mais de 400 estudantes, no chamado turismo pedagógico.
O trabalho, que está sendo coordenado pela Supervisão de Patrimônio da Fundação, consiste no levantamento e conferência dos objetos, doados pela comunidade na década de 50.
O espaço guarda um acervo eclético. Os objetos narram a história da vida doméstica dos lagunenses, arqueológicos do povo do sambaqui, mesa onde foi assinada a República Juliana, também outros objetos relacionadas à formação sócio-cultural lagunense, como peças de porcelanas, utensílios domésticos e móveis podem ser visitados.
Também objetos pertencentes ao Jerônimo Francisco Coelho, considerado pai da imprensa de Santa Catarina. O acervo discográfico e a gaita de Pedro Raymundo, músico popular das décadas de 50 e 60, estão no local.
Próxima etapa será a disponibilidade acervo numa plataforma digital com descrição e fotos para o público.
A estudante de História, Marcela Martins Tavares, há um mês, está transformando a teoria em prática. Ela é uma das colaboradoras do arrolamento das peças do Museu Histórico Anita Garibaldi, juntamento com Ana Maria Giacomelli. “Muito interessante participar de algo grandioso para a história da minha cidade”, conta Marcela.
Uma equipe fica na parte superior do prédio histórico, trabalho da Mara Terezinha Medeiros e Paula Reis. Com plástico, bolhas, luvas e muito cuidado elas vão catalogando e protegendo as peças.
A numeração e metragem da seção arqueológica é de responsabilidade das estudantes Larissa Cabral e Kailaine Boni Marques.
Segundo a supervisora de patrimônio Francielen Meurer elas receberam treinamento, material e participaram de palestras sobre a história de Anita Garibaldi e da cidade.