Presidente confronta desafios crescentes ao responsabilizar mídia e seu oponente por deterioração de imagem.
Lula está diante de um dilema crescente: a dificuldade em conquistar apoio daqueles que estão fora do círculo fechado do petismo. As últimas pesquisas, destacando a da Genial/Quaest, apontam para uma erosão preocupante de sua popularidade, com a aprovação ao seu mandato despencando para 51% e a desaprovação atingindo o ápice de 46% – um sinal de alerta que parece ser ignorado pelo próprio presidente.
Confrontado com esses números inquietantes, a resposta de Lula foi convocar uma reunião ministerial, mas, em vez de uma reflexão profunda, preferiu apontar dedos para a imprensa, culpando-a por sua deterioração de imagem. Apesar de ter uma gorda fatia da imprensa a seu favor.
Nesse universo paralelo criado por Lula, a mídia é vilanizada por simplesmente ecoar o descontentamento popular, enquanto ele e seus ministros se perdem em autoelogios, desprezando a real necessidade de autocrítica e mudança total de rumo.
Esse comportamento reforça uma desconexão alarmante com a realidade brasileira. Apesar de prometer um governo de centro ‘democrático’, Lula se fechou em uma bolha ideológica, dialogando unicamente com a extrema esquerda e alienando um espectro mais amplo da população. Essa abordagem sectária apenas cristaliza a percepção de um governo que fala para si mesmo, ignorando totalmente as promessas feitas em campanha.
Além disso, o presidente despenca ao tentar assumir um papel de liderança internacional, especialmente em temas delicados como o conflito na Faixa de Gaza. Sua dificuldade em convencer os brasileiros que estaria focado em resolver os problemas nacionais é agravada por uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, que revelou a incapacidade de 73,4% dos entrevistados em citar sequer uma única realização de seu governo.
Como Lula espera recuperar sua popularidade se recusa a ouvir as críticas e insiste em se isolar dentro de sua confortável bolha ideológica? A realidade, cada vez mais evidente, é que a estratégia de culpar a imprensa e seu principal adversário, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que não sai das declarações de Lula, ignora os apelos por uma gestão verdadeiramente inclusiva e reflexiva está longe de ser a solução para os desafios que seu governo enfrenta.
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