Conversas obtidas pelo jornal indicam que o gabinete do ministro Alexandre de Moraes utilizou informalmente o TSE para embasar decisões no inquérito das fake news
De acordo com mensagens divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizou de maneira não oficial o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para produzir relatórios que embasaram decisões contra aliados bolsonaristas no inquérito das fake news.
Essas mensagens, que incluem mais de 6 gigabytes de arquivos trocados via WhatsApp, mostram um fluxo informal de solicitações entre o STF e o TSE durante e após as eleições de 2022. Em um dos casos, o juiz instrutor Airton Vieira enviou decisões sigilosas de Moraes ao chefe da AEED do TSE, Eduardo Tagliaferro, que foram baseadas em relatórios solicitados pelo gabinete do ministro.
As mensagens revelam que o próprio Moraes fazia solicitações diretas ao TSE, pedindo, por exemplo, a análise de postagens de bolsonaristas como Rodrigo Constantino. Esses relatórios resultaram em ordens de bloqueio de redes sociais e outras ações judiciais contra os envolvidos.
A atuação do ministro tem gerado controvérsia e foi alvo de críticas de diversas partes, incluindo o empresário Elon Musk e uma comissão do Congresso dos EUA. Apesar das acusações, o gabinete de Moraes afirmou que todas as decisões foram tomadas dentro dos limites legais e com a participação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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