Diversas entidades são contrárias ao movimento e caminhoneiros avisam que paralização será mais intensa do que a ocorrida em 2018.
O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) já movimenta os motoristas de caminhões para iniciar nesta segunda-feira, dia 01 de fevereiro, uma nova greve e com mais intensidade do que a realizada em 2018. Em dezembro de 2020 a diretoria da CNTRC já sinalizava e tornava público através de Assembleia Geral Extraordinária, que apoiaria a ordem de paralização dos Transportadores Rodoviários de Cargas.
O conselho tem 40 mil caminhoneiros em São Paulo e afiliados em outros estados. São várias as entidades que representam a categoria, e ainda não se sabe que tamanho terá a mobilização. O presidente da República, Jair Bolsonaro, na última semana fez um apelo aos motoristas para que adiassem a greve. Bolsonaro afirmou que o governo estuda alternativas para reduzir o PIS/Cofins e, por consequência, o preço do diesel. O Presidente também ressaltou que essa alternativa não será fácil.
A estimativa da diretoria da CNTRC é que 80% dos caminhoneiros possam aderir a greve. Em 2018, no governo do ex-presidente Michel Temer, o grupo realizou uma paralisação que durou dez dias, afetando o sistema de distribuição em todo o país. Dessa vez, de acordo com o Conselho a situação é "pior" do que a que levou à mobilização naquele ano eleitoral. A categoria apoiou em peso, na ocasião, a candidatura de Jair Bolsonaro.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT), por intermédio do seu presidente, Vander Costa, vem a público informar que não apoia nenhum tipo de paralisação de caminhoneiros e reafirma o compromisso do setor transportador com a sociedade. Se houver algum movimento dessa natureza, as transportadoras garantem o abastecimento do país, desde que seja garantida a segurança nas rodovias.
Em nota publicada pelo presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), Ari Rabaiolli, é por meio do caminhão que a roupa é levada da indústria ao comércio e que todos os produtos consumidos chegam à casa de cada brasileiro. Defender um novo movimento de greve de caminhoneiros seria atuar contra o Brasil, sobretudo neste momento em que a nação tanto precisa de colaboração do setor produtivo. Leia a integra da Nota da Fetrancesc.
Justiça
A justiça de Estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, já emitiram decissão de que se houver paralisação os caminhoneiros não podem bloquear rodovias importantes do país, como a BR-101. O descimprimeto pode acarretar em multa de R$ 1.000,00 por hora.
Pauta de Reivindicações dos Caminhoneiros:
PISO MÍNIMO DE FRETE DO TRANSPORTADOR AUTÔNOMO RODOVIÁRIO DE CARGAS;
- CIOT PARA TODOS;
- PL BR DO MAR;
- PPI
- POLÍTICA DE PREÇO DE PARIDADE DE IMPORTAÇÃO APLICADO PELA PETROBRÁS AO CONSUMIDOR NACIONAL;
- CONTRATAÇÃO DIRETA DO TRANSPORTADOR AUTÔNOMO RODOVIÁRIO DE CARGAS;
- APOSENTADORIA ESPECIAL DO TRANSPORTADOR AUTÔNOMO RODOVIÁRIO DE CARGAS;
- MARCO REGULATÓRIO DO TRANSPORTE;
- JORNADA DE TRABALHO DO TRABALHADOR (TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS EMPREGADO/AUTÔNOMO);
- RESOLUÇÕES CONTRAN 701/2020 E 499/2014;
- FISCALIZAÇÃO MAIS ATUANTE DA ANTT.