Patrick Corrêa é acusado de receber propina em esquema de coleta de lixo na cidade, decisão da Justiça aceita denúncia da 5ª Câmara Criminal do TJSC
Prefeito de Imaruí foi levado para Presídio de Tubarão após audiência de custódia – Foto: Arquivo Pessoal Nesta quinta-feira (13), o prefeito de Imaruí, Patrick Corrêa, se tornou réu em decorrência de um desdobramento da Operação Mensageiro. A denúncia contra ele foi aceita pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. A investigação apura um suposto esquema de propinas relacionado ao serviço de coleta de lixo em municípios.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Corrêa é suspeito de receber propina para favorecer uma empresa de saneamento na prestação de serviços na cidade. O advogado do réu confirmou que a denúncia foi recebida, conforme esperado.
O prefeito de Imaruí havia sido preso em 27 de abril deste ano, tornando-se o primeiro prefeito preso na 4ª fase da Operação Mensageiro do MPSC, que investiga um esquema de corrupção. Na ocasião, a residência do prefeito e a Prefeitura de Imaruí foram alvo de mandados de busca e apreensão, mas nenhum objeto ou documento relevante foi apreendido, de acordo com o procurador do município, Luiz Carlos Rovaris.
O município de Imaruí chamou a atenção dos investigadores do MPSC devido a uma particularidade interessante: o atual prefeito, Patrick Corrêa, e outros dois ex-prefeitos têm suspeitas de ligação com o mensageiro, responsável por realizar o pagamento de propinas da empresa Serrana aos agentes públicos, conforme apurado nas investigações.
A imprensa está proibida de citar o nome dos delatores que firmaram acordo com o Ministério Público na Operação Mensageiro, incluindo o operador das propinas da empresa Serrana, de acordo com decisão judicial. Um organograma apresentado no processo demonstra as datas em que os políticos teriam tido contatos com o mensageiro, o que pode indicar uma conexão entre os agentes públicos e o esquema.
Em resposta às acusações, a assessoria da prefeitura de Imaruí afirmou, em março, que Patrick Corrêa não pode se manifestar devido ao sigilo do processo. A nota ressaltou que a atual gestão e o município estão à disposição do Ministério Público para quaisquer esclarecimentos e reiteraram a lisura e integridade da administração atual.
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