Deyvisonn de Souza (MDB) oficializa sua saída menos de 24 horas após renúncias em Tubarão. Vice-prefeito assume e novas eleições não estão previstas
O prefeito afastado de Pescaria Brava, Deyvisonn de Souza (MDB), teve sua renúncia oficializada na terça-feira (11) durante uma sessão extraordinária na Câmara de Vereadores. A renúncia ocorreu menos de 24 horas após Joares Ponticelli e Caio Tokarski, de Tubarão, também pedirem para deixar seus cargos.
O documento de renúncia foi entregue à presidente da Câmara, Rosilene Faísca da Silva (MDB), na manhã de terça-feira. Rosilene conta: "Fui informada pelos advogados do agora ex-prefeito na noite de segunda-feira (10), mas só recebi a carta oficialmente ontem pela manhã. Confesso que me pegou de surpresa, não esperava por isso".
Uma sessão extraordinária foi convocada no mesmo dia às 17h para a leitura da carta de renúncia e sua oficialização. Antes disso, às 16h, Rosilene se reuniu com os vereadores para discutir os próximos passos. Ela explica: "Não há o que ser feito, a não ser acatar a decisão, que é irrevogável. Nestes casos não há votação".
Diferentemente do que ocorrerá em Tubarão, a renúncia em Pescaria Brava não deve resultar em novas eleições, pois o vice-prefeito Lourival Izidoro (PP), que já exercia a função de prefeito interino desde dezembro do ano passado, foi empossado em definitivo durante a sessão extraordinária. Rosilene continuará como presidente da Câmara e assumirá a prefeitura em caso de afastamento do prefeito, por exemplo.
Deyvisonn entrou para a história política brasileira ao ser eleito por apenas um voto de diferença do adversário. Ele foi o segundo prefeito de Pescaria Brava, um município com pouco mais de dez anos, e estava em seu segundo mandato, sendo reeleito em 2020 com 73% dos votos.
O pedido de renúncia de Deyvisonn de Souza ocorre sete meses após sua prisão durante a Operação Mensageiro, que investiga um esquema de corrupção em contratos de lixo e serviços urbanos em cidades catarinenses. Na carta enviada à presidente da Câmara, o ex-prefeito menciona que a renúncia se dá por "motivo de foro íntimo".
Deyvisonn está preso desde 6 de dezembro no Presídio Santa Augusta, em Criciúma, aguardando a decisão sobre um pedido de liberdade semelhante ao concedido a Joares Ponticelli (PP) e Luiz Saliba (PP), ex-prefeito de Papanduva, que também renunciou ao mandato. O político já completou 219 dias na prisão e celebrou seu 48º aniversário no último domingo (9).
#Renúncia #Corrupção #Escândalo #PescariaBrava #Política #OperaçãoMensageiro