Imprudência investigada: Cancellier é considerado inocente após prisão polêmica
Neste sábado, o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou em suas redes sociais que tomará "as providências cabíveis" para investigar possíveis irregularidades por parte de agentes federais na prisão do então reitor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Luiz Carlos Cancellier, em 2017. O pronunciamento surge após a 1ª Câmara do TCU (Tribunal de Contas da União) considerar "improcedente" a representação contra o ex-reitor e solicitar o arquivamento do processo em uma sessão ocorrida na terça-feira (4).
Os ministros do TCU registraram que a representação era improcedente e determinaram o arquivamento do caso. O relator do processo foi o ministro Walton Alencar Rodrigues. O anúncio do arquivamento traz à tona o triste episódio envolvendo a prisão de Cancellier sem acusação formal no âmbito da Operação Ouvidos Moucos.
Cancellier foi detido pela Polícia Federal em setembro de 2017, durante a investigação de supostas irregularidades nos repasses ao curso de Ensino à Distância (EaD). Mesmo sem ter sido formalmente acusado, ele foi acorrentado, submetido a revista íntima e exposto publicamente. Essa situação levou ao seu afastamento da universidade. Tragicamente, três semanas após sua prisão, Cancellier cometeu suicídio.
Em uma mensagem escrita em um bilhete divulgado por seu irmão à época, e que passou por perícia, Cancellier expressou: "Minha morte foi decretada quando fui banido da universidade".
A decisão do TCU de arquivar o processo traz à tona a necessidade de reflexão sobre as consequências de ações precipitadas e de como o sistema de justiça pode melhorar para garantir a preservação da dignidade e dos direitos dos indivíduos envolvidos em investigações.
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