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POLÍTICA

Após anunciar desistência da pré-candidatura à Presidência, Doria diz que não vai deixar PSDB

Ex-governador de São Paulo enfrentou nos últimos meses resistência interna tanto no PSDB quanto de partidos aliados. 'Para as eleições deste ano, me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve', disse, em pronunciamento.

São Paulo - SP, 23/05/2022 18h34 | Atualizada em 23/05/2022 18h34 | Por: Redação | Fonte: G1

Após anunciar a desistência de sua pré-candidatura à Presidência nesta segunda-feira (23), o ex-governador de São Paulo João Doria afirmou que não vai deixar o PSDB.

"Eu não vou sair do PSDB. Eu disse isso hoje na minha manifestação na hora do almoço. Eu continuo a exercitar aquilo que representou minha vontade de estar no PSDB. Eu só tive um partido, tenho 22 anos de PSDB. Eu não mudei de partido, não mudo de partido e não vou mudar de partido", disse.

Segundo o ex-governador, sua decisão de não levar à Justiça o impasse após sua vitória nas prévias do partido foi um "gesto pelo país".

"Eu tenho a compreensão de que, neste momento, o meu gesto pode ajudar o partido. E meu gesto pode ajudar meu país. Se isso puder ser interpretado desta maneira, é o que desejo. E pra isso eu não preciso advogar, ainda que tivesse direito, pelo resultado das prévias, que nos deu a vitória. Ter gestos e atitudes pode representar algo construtivo, bom para o Brasil."

Doria anunciou a desistência de sua pré-candidatura em pronunciamento na Zona Sul de São Paulo no início da tarde. O ex-governador enfrentava resistências internas no PSDB e de partidos da chamada terceira via.

"Para as eleições deste ano me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve", disse mais cedo.

A decisão do tucano foi anunciada um dia antes de a executiva do PSDB se reunir para definir como o partido se posicionará na disputa presidencial de outubro.

Doria foi escolhido como pré-candidato em eleição interna do partido ao derrotar o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite . A vitória na disputa interna gerou tensões com a ala do PSDB que defendia a candidatura de Leite.

No final de março, o ex-governador de São Paulo chegou a ameaçar desistência de sua pré-candidatura, mas voltou atrás e fez o lançamento no mesmo dia. O movimento foi lido como uma espécie de contra-ataque aos apoiadores de Leite.

Em seu pronunciamento, o ex-governador afirmou que o Brasil "precisa de uma alternativa para oferecer aos eleitores que não querem os extremos". "Hoje, neste 23 de maio, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade de cabeça erguida", afirmou o ex-governador.

Presente no anúncio de Doria, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, defendeu uma candidatura única com MDB e Cidadania para as eleições de outubro.

"Nós temos um entendimento de diálogo com o Cidadania e com o MDB e nós vamos dar um passo à frente agora. A construção agora não é só definir o nome - e o nome de Simone é um nome posto nessa construção -, mas agora precisamos construir um projeto de compromisso de programa com o Brasil", disse Araújo.

Momentos depois da desistência do ex-governador, Simone Tebet (MDB) afirmou que espera contar com "sugestões" de Doria para o programa de governo dela.

"Doria nunca foi adversário. Sempre foi aliado. Sua contribuição com a luta pela vacina jamais será esquecida. Vamos conversar e receber suas sugestões para nosso programa de governo", disse em nota.

Segundo apurou o Blog da Julia Dualibi, Doria teria dito a aliados que ficou aliviado com a decisão e que deve se dedicar a um projeto empresarial.

Vitória nas prévias e conflitos

Em novembro do ano passado, Doria foi escolhido como pré-candidato do PSDB à Presidência da República ao derrotar, em eleição interna, o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto.

Na ocasião, após um processo tumultuado, o ex-governador de São Paulo recebeu 53,99% dos votos, enquanto Leite obteve 44,66% e Virgílio, 1,35%.

Desde então, Doria tenta se manter como candidato, apesar dos rachas internos no partido. No dia 15 de maio, ele chegou a enviar uma carta ao presidente do PSDB, Bruno Araújo, em que subia o tom ao reafirmar que não desistiria da candidatura e que poderia judicializar a situação, caso fosse abandonado pela sigla.

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