No momento da declaração, Barroso foi questionado sobre o código-fonte das urnas eletrônicas.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que lamenta, mas não se arrepende da fala “perdeu, mané, não amola” para um manifestante que o abordou em Nova York (EUA).
Em entrevista à GloboNews na noite de terça-feira (29), o ministro do STF declarou ser uma pessoa “meio zen” e espiritualizada, que medita com regularidade. “O problema é que, nas raras vezes em que eu perco a cabeça, sai em rede nacional”, afirmou o magistrado. Barroso contou que teve “hordas de pessoas” o seguindo durante 3 dias e o xingando “dos piores nomes possíveis”. No dia da declaração, ele disse ter recebido a notícia de que o celular de sua filha havia sido invadido e ela tinha sido alvo de ameaças.
“Foi um momento raro na minha vida, de uma certa exasperação. Eu falei a linguagem das pessoas que estavam lá”, afirmou Barroso. “Eu lamento, para falar a verdade. Não me arrependo, mas lamento que tenha acontecido”, disse o ministro. De acordo com ele, o Brasil perdeu nos últimos anos a civilidade, a “capacidade de tratar os outros com respeito e consideração, a tolerância com a divergência e até a boa fé”. O ministro citou criticas a outras pessoas, como o cantor Gilberto Gil e Ciro Gomes (PDT), para criticar a “naturalização da falta de educação”. Ele disse ainda que “democracia, cultura, tudo virou alvo desse radicalismo e dessa não aceitação do outro”.