Após o resultado das eleições 2022, que deu a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um terceiro mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não se manifestou ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira (31). Sem falar com a imprensa e apoiadores, o atual chefe do Executivo seguiu para o Palácio do Planalto por volta das 9h30.

Embora tenha perdido a disputa pela reeleição, Bolsonaro ganhou em mais Estados do que o adversário. O presidente obteve mais votos em 14 unidades da federação, e Lula, em 13. Roraima foi o estado em que houve maior diferença, com 76,08% para Bolsonaro e 23,92% para Lula.

No fim da tarde de domingo (30), Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada no comboio presidencial e não falou com os apoiadores. O então candidato à reeleição pelo PL não informou o local onde iria acompanhar a apuração.

Lula terá terceiro mandato

Lula ocupará a Presidência da República pela terceira vez na história. Ele já teve dois mandatos como presidente do Brasil, entre 2003 e 2010. O vice-presidente será Geraldo Alckmin (PSB).

Luiz Inácio Lula da Silva em discurso após reeleição neste domingo (30) – Foto: NELSON ALMEIDA/AFP/ND

O presidente eleito tem como principal compromisso implantar políticas públicas para socorrer a população mais vulnerável, sobretudo combater a fome. Lula promete manter o Auxilio Brasil em R$600 e transferir um adicional de R$150 para famílias beneficiárias do programa que tenham filhos de até 6 anos — o bônus será pago a cada criança dentro dessa faixa etária.

Ele ainda disse que concederá um aumento real do salário mínimo, ou seja, acima da inflação. Segundo Lula, o governo dele também refinanciará as dívidas de todos os brasileiros que estão com o nome sujo no SPC e na Serasa.

O presidente eleito ainda garante que criará linhas de crédito com juros baixos para micro, pequenos e médios empreendedores, a fim de estimular a geração de empregos.

A proposta do governo de Lula também fala em implementar uma nova legislação trabalhista, de proteção social a todas as formas de ocupação, de emprego e de relação de trabalho. O petista quer dar maior atenção a profissionais autônomos e domésticos, a trabalhadores que atuam de casa e aos mediados por aplicativos e plataformas.