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POLÍTICA

Caio Tokarski, vice-prefeito de Tubarão, vira réu na Operação Mensageiro

Sessão da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça define réus da Operação Mensageiro, que investiga suposto esquema de propinas no serviço de coleta de lixo em municípios.

Tubarão - SC, 27/04/2023 13h39 | Atualizada em 27/04/2023 13h39 | Por: Redação | Fonte: ND MAIS

O vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski (União Brasil), virou réu na Justiça em desdobramento da Operação Mensageiro nesta quinta-feira (27). A decisão foi tomada pela 5ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina). De acordo com o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), Tokarski é suspeito de receber propina para favorecer empresa de saneamento na prestação de serviços na cidade.

Darlan Mendes da Silva, que ocupava o cargo de gerente de gestão municipal de Tubarão, também virou réu nesta quinta. Ele está preso desde 6 de dezembro de 2022.

O advogado que representa os acusados, Rodrigo Roberto Silva, afirma que o recebimento da denúncia nessa fase já esperado e que irá demonstrar que seus clientes não cometeram os delitos.

“As delações premiadas são frágeis, contêm irregularides, não há qualquer prova cabal de que meus clientes tenham recebido qualquer valor em dinheiro. São palavras de delatores, que são contraditadas por outros delatores. Nós temos a confiança de que na final da instrução eles serão absolvidos”, defende.

“E acho que a operação se assemelha muito com a Operação Lava-Jato, quando foi feito um escarcéu e depois foi tudo anulado no Supremo Tribunal Federal”, opina.

Em 13 de abril, os prefeitos de Pescaria Brava, Deyvison Souza (MDB), de Papanduva, Luiz Henrique Saliba (PP), e de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PSL) também viraram réus na Operação Mensageiro.

Tokarski foi preso em 14 de fevereiro, junto com o prefeito de Tubarão Joares Ponticelli, suspeito de participação no esquema criminoso, que teria ocorrido em diversas cidades, no que o MPSC classifica como “maior esquema de propinas da história do Estado”.

Ao todo, sete prefeitos foram presos preventivamente pela Mensageiro.

Em março, a desembargadora Cinthia Beatriz Da Silva Bittencourt Schaefer, responsável pela Operação Mensageiro, questionou o pedido do vice-prefeito para trocar de prisão. Na ocasião, a defesa do vice pediu transferência para uma prisão militar e questionou procedimentos como revista íntima e algemas na Penitenciária de Itajaí, onde ele está preso.

O MPSC investiga a empresa de saneamento Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental, que atende várias cidades do Estado, onde há suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.

Segundo o MPSC, um funcionário da empresa, chamado de “Mensageiro” na investigação, era responsável pela entrega das propinas aos prefeitos. Por ter feito acordo de delação premiada, o nome do funcionário não pode ser divulgado pelo Grupo ND por proibição judicial.

Informe Sul

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