A campanha do chefe de Estado de estado brasileiro denunciou que teve menos 154 mil espaços de propagada eleitoral na rádio que a campanha de Lula da Silva.
“Em auditoria realizada após uma denúncia, foi levantado que várias rádios publicaram mais inserções do PT (Partido dos Trabalhadores) do que do presidente, (Jair) Bolsonaro. De 7 a 21 de outubro, após dupla secagem, foi levantado o número de 154 mil inserções a menos para a campanha do Bolsonaro“, afirmou o ministro das Comunicações do governo, numa conferência de imprensa agendada à ultima da hora no palácio da Alvorada, em Brasília.
“Isso é uma grave violação do sistema eleitoral. Estamos indignados e estamos tomando as medidas cabíveis junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Nós, que preservamos a democracia e direito de igualdade, queremos uma campanha limpa e justa”.
Segundo a campanha de Bolsonaro, a maioria desta alegada fraude eleitoral foi registada no Nordeste do país, conjunto de nove estados cuja população apoia na sua esmagadora maioria Lula da Silva na eleição presidencial que ocorre dentro de cinco dias.
Em resposta a esta denúncia, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, declarou que a campanha de Bolsonaro não apresentou quaisquer provas e pediu que as apresente no prazo de 24 horas.
“Tal facto é extremamente grave, pois a coligação requerente aponta uma suposta fraude eleitoral sem base documental alguma, o que, em tese, poderá caracterizar crime eleitoral dos autores, se constatada a motivação de tumultuar o pleito eleitoral na sua última semana“, frisou Alexandre de Moraes, citado na imprensa local.
Luiz Inácio Lula da Silva venceu a primeira volta das eleições com 48,4% dos votos e Jair Bolsonaro recebeu 43,2%, pelo que os dois candidatos terão de se enfrentar numa segunda volta marcada para 30 de outubro.