Ex-gestores da autarquia entre os governos Dilma, Temer, Bolsonaro e Lula terão de prestar depoimento. Ex-ministros da Previdência foram convidados
A CPI mista do INSS aprovou nesta terça-feira (26) a convocação de dez ex-presidentes do Instituto Nacional do Seguro Social, além de diretores e empresários suspeitos de ligação com fraudes na Previdência. A lista abrange gestores que passaram pelo órgão durante os governos de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre os nomes está Alessandro Stefanutto, afastado do comando do INSS após operação da Polícia Federal apontar irregularidades em aposentadorias e pensões. Ele foi indicado pelo então ministro da Previdência Carlos Lupi, que também deixou o cargo após desgaste político e foi convidado a depor no colegiado.
Outro convocado é Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como facilitador do esquema, além do empresário Maurício Camisotti, suspeito de ser sócio oculto de entidades beneficiadas.
📌 Os depoimentos ainda não têm data definida. Enquanto os convocados são obrigados a comparecer, os convidados, como Lupi e outros ex-ministros, podem optar por não participar.
Segundo o relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), a prioridade é concentrar a investigação em fraudes ocorridas a partir de 2015, estimadas pela PF e pela Controladoria-Geral da União (CGU) em até R$ 6,3 bilhões. O esquema teria envolvido descontos indevidos em benefícios previdenciários, por meio de cadastros falsos e cobranças irregulares ligadas a entidades sem capacidade de prestação de serviços.
Na próxima quinta-feira (28), a comissão deve ouvir o delegado da PF Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi, responsável por parte das apurações.
Ex-presidentes do INSS (2015 até hoje)
Diretores de benefícios da autarquia
Ex-presidentes da Dataprev
Empresários e dirigentes de entidades suspeitas
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