Gilvan da Federal (PL-ES) afirmou que ficaria “feliz” se o presidente sofresse um infarto ou AVC, mas negou estar pregando violência. Declaração repercutiu negativamente no Congresso e nas redes sociais.
Uma declaração feita durante sessão deliberativa da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (8) gerou forte repercussão política e social. O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) afirmou que deseja a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora tenha alegado não estar pregando violência.
“E deixar bem claro aqui, eu falei que, por mim, eu quero mais que o Lula morra. Não prego violência, mas vou ser honesto. Se ele tiver um infarto, eu vou ficar feliz. Se ele tiver um AVC, e for para o quinto dos infernos, eu vou ficar feliz”, disse o parlamentar em tom inflamado. Gilvan ainda acrescentou que não teme uma eventual visita da Polícia Federal: “Pode ir, porque eu não tenho medo. Mas não estou pregando violência, não vou matar o cara, estou dizendo que, se ele tiver um infarto, estou pouco me lixando”.
A fala ocorreu em resposta ao deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO), que se manifestou contrário a discursos de ódio e afirmou que não deseja a morte de nenhum líder, pois acredita que toda autoridade é constituída por Deus. Gilvan citou versículos bíblicos em sua réplica, afirmando que autoridades que cometem o mal serão punidas por Deus.
O deputado capixaba é o relator de um projeto polêmico, aprovado na mesma sessão, que propõe vedar o uso de armas de fogo por agentes de segurança pessoal do presidente da República e de ministros de Estado.
A declaração de Gilvan gerou críticas de diversos setores, inclusive de parlamentares que consideraram as palavras incompatíveis com o decoro parlamentar. Juristas também discutem possíveis implicações legais, à luz da legislação que trata de ameaças contra autoridades e incitação à violência.
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