Após as renúncias de Joares Ponticelli e Caio Tokarski, a Câmara de Vereadores de Tubarão está se preparando para realizar a primeira eleição indireta da história política da cidade. A resolução que irá reger o processo eleitoral será apresentada e votada na próxima segunda-feira, durante a sessão ordinária da Câmara, e entrará em vigor em seguida. O edital de convocação deverá ser publicado até a próxima quarta-feira.

Segundo o presidente da Casa, Jairo Cascaes (PSD), o regramento para a eleição indireta está sendo elaborado em conjunto com o departamento jurídico e a mesa diretora da Câmara. A resolução conterá informações sobre os requisitos para candidatura, prazos de inscrição e homologação, além da data e procedimentos da eleição.

Jairo explica que apenas os 15 vereadores votarão, e o candidato vencedor será aquele que obtiver a maioria simples, ou seja, pelo menos oito votos. Embora a data ainda não esteja oficialmente definida, o presidente da Câmara afirma que a eleição deverá ocorrer dentro dos 30 dias estabelecidos, até o dia 8 de agosto.

As renúncias do prefeito e do vice-prefeito de Tubarão são inéditas na história do município. Na manhã de segunda-feira, a cidade foi surpreendida pelo anúncio da carta de renúncia de Joares Ponticelli (PP) e Caio Tokarski (União Brasil), que estão sendo investigados na Operação Mensageiro. À noite, a carta de renúncia foi lida durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores, e o decreto declarando a extinção dos mandatos de Joares e Caio, que foram reeleitos em 2020 com quase 70% dos votos, foi aprovado. Ambos são réus na Operação Mensageiro. A renúncia dos cargos resultou na necessidade de uma eleição indireta.

Essa eleição é inédita não apenas pela renúncia dos cargos do Executivo em Tubarão, mas também pelo formato indireto adotado. O Legislativo tem 30 dias para realizar o pleito, contados a partir da leitura da carta de renúncia em plenário. Portanto, a eleição deve ocorrer até o dia 8 de agosto.

Com a renúncia, os processos penais de Joares e Caio passam a tramitar em primeira instância, uma vez que eles perdem o foro privilegiado.

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