Após debates no Congresso, grupo é nomeado para equipe que definirá políticas para pequenos agricultores
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para integrar a equipe responsável pela elaboração do Plano Safra da Agricultura Familiar (Pronaf) para o ciclo 2024/2025. O programa prevê mais de R$ 70 bilhões em recursos para apoiar pequenos agricultores.
A inclusão do MST ocorre após derrotas nas votações do Congresso Nacional, que buscavam limitar a influência do movimento. Na última terça-feira (28), o Congresso derrubou um veto presidencial que proibia a União de financiar invasões de propriedades rurais privadas.
Essa decisão gerou críticas, como a do deputado Luciano Zucco (PL-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista Invasão Zero, que afirmou que "por mais que o MST cometa toda sorte de crimes e irregularidades, jamais o PT irá se afastar ou punir o movimento".
O Pronaf é fundamental para os pequenos agricultores, mas nas últimas semanas o MST enfrentou dificuldades de acesso ao programa, com 70% de seus integrantes sem acesso devido a questões burocráticas e baixa capilaridade. No governo de Jair Bolsonaro, o movimento enfrentou obstáculos.
No entanto, durante o governo Lula, o crédito do Pronaf aumentou 34% em comparação ao período anterior. Além do MST, o governo petista também beneficiou indígenas e quilombolas. O Ministério do Desenvolvimento Agrário, comandado pelo petista Paulo Teixeira, destacou a "relevância das organizações representativas" ao justificar a inclusão do MST na equipe do Plano Safra. A equipe também contará com cooperativas do setor agropecuário.
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