Presidente da República é investigado por suposta prevaricação em relação a irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin
A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a Polícia Federal informe como está o andamento de um inquérito aberto sobre o presidente Jair Bolsonaro. Na ação, o chefe do Executivo é acusado de se omitir diante de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.
A magistrada determinou que o delegado Leopoldo Lacerda informe sobre o andamento das investigações. "Nos termos da decisão proferida em 22 de novembro de 2022, solicito a Vossa Excelência informações sobre o regular andamento do feito, tendo em vista a disponibilização dos autos a essa autoridade policial em 23 de novembro de 2022", escreveu a ministra no despacho.
O ofício foi assinado no dia 14 deste mês e publicado nesta sexta-feira (21). O inquérito teve início após o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, afirmarem na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da pandemia que levaram ao presidente a informação de cobrança de propina e outras irregularidades no contrato de compra do imunizante.
Jair Bolsonaro não denunciou o caso à PGR (Procuradoria-Geral da República) e diz ter informado o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre as suspeitas. Bolsonaro responde por prevaricação, que ocorre quando um agente público deixa de cumprir com suas atribuições.