A Vice Celina Leão assume o governo do DF
Alexandre de Moraes, ministro do STF, determinou o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, por 90 dias, inicialmente. A decisão aconteceu no início da madrugada desta segunda-feira (9), após a invasão das sedes dos poderes por manifestantes.
Foram invadidas as sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, na tarde de domingo.
O magistrado acatou um pedido da AGU “em face da prática de atos terroristas contra a democracia e as instituições brasileiras”. Moraes alegou que “a omissão e conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência ficaram demonstradas com a ausência do necessário policiamento, em especial do Comando de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal”.
O juiz ainda afirmou que “absolutamente nada justifica a omissão e conivência do secretário de Segurança Pública e do governador do Distrito Federal com criminosos que, previamente, anunciaram que praticariam atos violentos contra os Poderes constituídos”. Além de citar “a total inércia no encerramento do acampamento criminoso na frente do QG do Exército, no Distrito Federal, mesmo quando patente que o local estava infestado de terroristas, que inclusive tiveram suas prisões temporárias e preventivas decretadas”.
Celina Leão assume o governo do DF após afastamento de Ibaneis
Após a determinação de afastamento de Ibaneis Rocha (MDB), do governo do DF, sua vice-governadora Celina Leão (PP), assume o cargo de chefe do executivo local.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, determinou o afastamento do governador do Distrito Federal, após a invasão e vandalização do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF.
A conservadora já assumiria o GDF no dia 16 de janeiro, em virtude da viagem de de férias de Ibaneis aos Estados Unidos. Mas Rocha cancelou a viagem após os atos de ontem.
Moraes incluiu Ibaneis Rocha e o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres no inquérito que investiga os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes. O documento de 18 páginas, protocolado no início da madrugada desta segunda-feira (9), o magistrado aponta que o governador do DF teve uma conduta “dolosamente omissiva”, “que não só deu declarações públicas defendendo uma falsa ‘livre manifestação política em Brasília’ — mesmo sabedor por todas as redes que ataques às Instituições e seus membros seriam realizados”.