Pedido da PGR busca avaliar o impacto das publicações do ex-presidente em relação aos atos antidemocráticos.
Em nota divulgada nesta terça-feira (18), o Ministério Público Federal (MPF) esclareceu que as pessoas que seguem o ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais não estão sendo investigadas. O objetivo do pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações de Bolsonaro em relação aos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro.
Segundo o MPF, o pedido tem o intuito de subsidiar investigações sobre os atos antidemocráticos, e não de investigar os seguidores do ex-presidente. A PGR solicitou às plataformas digitais uma lista completa com os nomes e dados de identificação dos seguidores de Bolsonaro, além de informações como a quantidade de visualizações, curtidas, compartilhamentos, comentários e outras métricas relacionadas às publicações.
Carlos Frederico Santos, subprocurador-geral da República e coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, esclarece que o objetivo é dimensionar o impacto das publicações de Bolsonaro, sem investigar milhões de pessoas. Ele ressalta que além dos admiradores do ex-presidente, há pessoas que o seguem por curiosidade, informação, motivação profissional, acadêmica ou outros interesses diversos. Santos conclui afirmando que o único investigado nesse caso é o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
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