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POLÍTICA

Por 47 votos a 32, plenário do Senado aprova indicação de André Mendonça para ministro do STF

Ex-ministro da Justiça foi sabatinado por oito horas sobre temas como independência em relação ao governo, democracia e Estado laico. Data da posse no STF ainda será marcada.

Brasília - DF, 02/12/2021 17h00 | Atualizada em 02/12/2021 08h41 | Por: Redação | Fonte: G1
Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, Mendonça foi sabatinado durante oito horas nesta quarta na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Foto: Edilson Rodrigues

O advogado, ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União André Mendonça foi aprovado ontem por 47 votos a 32, em votação secreta, pelo plenário do Senado e será o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em substituição a Marco Aurélio Mello, que se aposentou em julho.

Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, Mendonça foi sabatinado durante oito horas nesta quarta na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O colegiado aprovou a indicação por 18 votos a 9. No plenário, Mendonça obteve somente seis votos a mais que o necessário (maioria absoluta de 41).

OS ATUAIS MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Ministro Presidente que indicou Ministro que substituiu Aprovação no Senado Quando
Nunes Marques Jair Bolsonaro Celso de Mello 55 a 10 Outubro 2020
Alexandre de Moraes Michel Temer Teori Zavascki 55 a 13 Fevereiro 2017
Edson Fachin Dilma Rousseff Joaquim Barbosa 52a 27 Maio 2015
Luís Roberto Barroso Dilma Rousseff Ayres Britto 59 a 6 Junho 2013
Rosa Weber Dilma Rousseff Ellen Gracie 57 a 14 Dezembro 2011
Luiz Fux Dilma Rousseff Eros Grau 68 a 2 Fevereiro 2011
Dias Toffoli Luiz Inácio Lula da Silva Menezes Direito 58 a 9 Setembro 2009
Cármen Lúcia Luiz Inácio Lula da Silva Nelson Jobim 55 a 1 Junho 2006
Ricardo Lewandowski Luiz Inácio Lula da Silva Carlos Velloso 63 a 4 Março 2006
Gilmar Mendes Fernando Henrique Cardoso Néri da Silveira 57 a 15 Junho 2002

No plenário, antes da votação, a relatora, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), evangélica como André Mendonça, disse que a indicação foi transformada em uma disputa religiosa. Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília.

"Ninguém pode ser vetado pela sua condição religiosa, como este não é o critério para ser indicado para o Supremo Tribunal Federal. O que temos diante de nós é um técnico", afirmou a senadora.

Antes mesmo da aposentadoria de Marco Aurélio Mello, o presidente Jair Bolsonaro já havia antecipado que pretendia indicar para o STF alguém com perfil "terrivelmente evangélico". Representantes de igrejas evangélicas se mobilizaram a fim de pressionar pela aprovação de André Mendonça.

"Meu compromisso de levar ao Supremo um 'terrivelmente evangélico' foi concretizado no dia de hoje", escreveu Bolsonaro à noite em uma rede social.

Depois da votação no plenário, Mendonça agradeceu a senadores da Frente Parlamentar Evangélica e disse que a aprovação é "um salto para os evangélicos", que, segundo afirmou, passarão a ter um representante no Supremo Tribunal Federal.

"É um passo para um homem, mas, na história dos evangélicos do Brasil, é um salto. É um passo para o homem, um salto para os evangélicos. Responsabilidade muito grande. Uma nação, 40% dessa população hoje é representada no STF", declarou. Segundo ele, "o povo evangélico tem ajudado este país e quer continuar ajudando".

Informe Sul

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