A Casa Guido e a Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Tubarão uniram forças para realizar a palestra "Capacitar para Salvar" nesta quarta-feira, dia 28, na Arena Estener Soratto da Silva, a partir das 17h. O objetivo do evento é capacitar profissionais que lidam diretamente com crianças e adolescentes, além de acadêmicos e profissionais das áreas de Saúde, Assistência Social e Educação, bem como servidores públicos do legislativo e executivo de Tubarão e região, e todas as pessoas interessadas no tema.

A capacitação terá como foco principal o diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil e a importância de identificar os sinais e sintomas dessa doença o quanto antes. Ao adquirirem esse conhecimento, os profissionais capacitados poderão se tornar multiplicadores, alertando sobre a possibilidade de que sintomas aparentemente comuns na infância possam indicar um câncer. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, maiores serão as chances de cura e menos invasivo será o tratamento. O câncer infanto-juvenil pode ser curado, e a detecção precoce salva vidas.

Luciane Tokarski, vereadora e presidente da Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Tubarão, destaca a importância da prevenção e da descoberta precoce do câncer infanto-juvenil. No Brasil, a cada três minutos uma criança morre devido a essa doença, totalizando cerca de 400 mil mortes por ano. A parceria entre a Casa Guido e a Escola do Legislativo tem como missão capacitar o maior número possível de pessoas, a fim de reduzir a mortalidade entre crianças e adolescentes.

A Casa Guido atua atualmente nos 45 municípios das microrregiões da Amesc, Amrec e Amurel. Por meio do Projeto Capacitar para Salvar, a organização dissemina informações técnicas e científicas sobre a identificação do câncer em crianças e adolescentes. O diagnóstico precoce é um desafio devido aos sintomas semelhantes aos de doenças comuns na infância.

A detecção precoce é fundamental para reduzir a mortalidade causada por tumores do sistema nervoso central, tumor de Wilms e retinoblastoma. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a maioria das crianças com câncer vive em países de baixa e média renda, enfrentando desigualdades inaceitáveis no acesso a diagnóstico precoce, tratamento de qualidade e cuidados paliativos. Essas desigualdades resultam em taxas de sobrevivência que variam de 80% a 20%, dependendo do país.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 80% das crianças e adolescentes afetados pela doença podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados adequadamente. Além disso, o câncer já é a principal causa de morte por doenças em crianças e adolescentes de um a 19 anos no país, representando aproximadamente 8% do total.

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