Os insumos para vacina CoronaVac chegam no país no dia 26 deste mês, já o lote de IFA para produção de vacina pela Fiocruz foi antecipado para o dia 22.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou hoje que o envio de um lote de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para o o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) foi antecipado do dia 29 para o próximo sábado, dia 22. Na manhã desta segunda-feira, a Fiocruz informou que receberia os insumos para a produção da vacina Astrazeneca contra a covid-19 em dois lotes: um no dia 22 e outro no dia 29. O envio do segundo lote, portanto, foi antecipado.
De acordo com a fundação, o carregamento de IFA que chegará no sábado será suficiente para a produção de cerca de 12 milhões de doses do imunizante. As novas remessas asseguram as entregas de vacinas até a terceira semana de junho. Por conta do rápido escalonamento de produção que a Fiocruz atingiu, as remessas de IFA vêm sendo consumidas antes do tempo previsto inicialmente. Será necessário interromper a produção na próxima quinta-feira (20) até a chegada do novo lote de insumo.
Segundo esclareceu a Fiocruz, não há ainda previsão de que isso possa gerar qualquer impacto em entregas futuras. Caso isso ocorra, o impacto será avaliado e comunicado mais à frente. O cronograma de entregas permanece semanal, acontecendo sempre às sextas-feiras, conforme pactuado com o Ministério da Saúde, e seguindo a logística de distribuição definida pela pasta.
CoronaVac
Após o atraso e a paralisação da produção de vacina contra a covid-19 por falta de insumos, o Instituto Butantan informou hoje que um carregamento de matéria-prima para a CoronaVac chegará ao Brasil no dia 26 de maio. Segundo o Butantan, está prevista a chegada de um lote com 4 mil litros de insumo farmacêutico ativo (IFA), suficientes para a produção de 7 milhões de doses da vacina.
"O Butantan recebeu nesta manhã, da China, a previsão do envio de nova remessa de insumos ao Brasil para produção da vacina do Butantan. A chegada do novo lote com 4 mil litros de insumos está prevista para o dia 26", disse hoje o governador de São Paulo, João Doria.
A produção de vacinas contra a covid-19, no Butantan, estão paralisadas desde a última sexta-feira, por falta de insumos. Segundo o instituto, a falta de matéria-prima ocorreu por problemas burocráticos, provocados por declarações de membros do governo brasileiro sobre a China. Na semana passada, o instituto e o governo do estado disseram que a Sinovac, farmacêutica chinesa parceira na produção dessa vacina, já havia fabricado 10 mil litros de insumo para serem enviados ao Brasil. Mas o governo chinês não estava autorizando o envio por causa de questões diplomáticas.
Hoje, entretanto, o instituto recebeu a informação de que parte dessa produção chega ainda este mês. Os 6 mil litros restantes aguardam autorização de envio pelo governo chinês. Ainda não há previsão de chegada desses insumos ao Brasil. Ontem, em Botucatu, no interior paulista, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, negou que problemas burocrátics estejam atrapalhando o envio de insumos ao país. Para ele, a dificuldade de envio da matéria-prima é um problema mundial, que não afeta somente o Brasil.
O Instituto Butantan tem dois contratos assinados com o Ministério da Saúde para o fornecimento de vacinas para a população brasileira por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O primeiro contrato, para fornecimento de 46 milhões de doses, já foi cumprido. Falta ainda um contrato de 54 milhões de doses, previsto para ser entregue em agosto. Até este momento, o Butantan entregou 47,2 milhões de doses de vacinas ao governo federal.