Incidente em parto de alto risco na Maternidade Darcy Vargas leva recém-nascida à UTI com infecção grave; Delegacia de Proteção à Mulher, Criança e Idoso de Santa Catarina investiga o caso, enquanto a mãe implora por justiça
Em uma chocante reviravolta no que deveria ter sido um dos dias mais alegres para uma mãe, um recém-nascido sofreu um corte na cabeça durante um parto de risco na Maternidade Darcy Vargas em Joinville, Santa Catarina. Desde o dia 27 de julho, a pequena criança encontra-se na UTI, lutando pela vida.
A mãe, cujo nome está sendo mantido em sigilo, vive com HIV, o que já tornava o procedimento arriscado. Segundo ela, após o corte no couro cabeludo, o atendimento pós-parto foi inadequado e negligente, com profissionais não limpando corretamente a ferida. Depois de enviada para casa, a infecção piorou, exigindo uma cirurgia de emergência.
O caso, que já está sendo investigado pela direção do Hospital e pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Joinville, ressalta a discussão sobre violência obstétrica e o racismo sistêmico na assistência médica a mulheres negras no Brasil.
Criança está internada no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria – Foto: Arquivo/ND
Um laudo médico obtido pelo portal ND+ mostra o alarmante diagnóstico: "Risco alto para meningite. Risco de sequelas neurológicas e morte."
A Maternidade Darcy Vargas afirmou em nota que o incidente está em investigação pela Gestão de Risco da unidade, buscando identificar se houve alguma falha na conduta durante o parto.
Com a voz embargada pelo choro, a mãe desesperada pede investigação e justiça: "eles precisam investigar, para que isso não aconteça com outras mães".
Este trágico incidente realça o debate sobre violência obstétrica e cuidados de saúde racialmente desiguais. Em abril, a Comissão Especial sobre Violência Obstétrica e Morte Materna discutiu a associação comprovada entre a cor da pele e a qualidade do atendimento pré-natal, especialmente para mulheres negras.
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