Estudo feito em 590 pacientes, com o uso de Proxalutamida tiveram um risco 92% menor de morrer pela doença.
A Proxalutamida, remédio usado os cânceres de prostata e de mama, pode ser uma candidata ao tratamento de casos graves de Covid-19. Uma uma pesquisa clínica brasileira realizada no estado do Amazonas pela rede de hospitais Samel em parceria com a empresa de biotecnologia Applied Biology, reveleou que pacientes tratados com o remédio têm um risco 92% menor de morrer pela nova doença do século.
O estudo randomizado-controlado e duplo-cego, foi concluído com 590 pacientes de 12 hospitais do Amazonas, distribuídos em nove municípios do estado. Duas condições principais determinaram a escolha dos participantes: ter mais de 18 anos e estar em necessidade de oxigênio, isto é, em estado crítico por conta da doença. Ao longo de duas semanas, 294 voluntários receberam 300 mg do medicamento por via oral uma vez ao dia, enquanto o grupo controle foi tratado com placebo.
Após 14 dias, a taxa de mortalidade entre os pacientes que não receberam a Proxalutamida foi de 47,6% (141 mortes), contra 3,7% (12 óbitos) no grupo que recebeu o fármaco, o que significa uma redução de 92,2%. Enquanto mais da metade (52,7%) dos indivíduos tratados com placebo foram intubados, apenas 4,4% dos que receberam o medicamento precisaram de cuidados.