Pacientes são de Palhoça e São José e Vigilância em Saúde investiga se transmissão foi local. Estado tem outro caso confirmado, em Jaraguá do Sul.
No dia 26 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a B.1.1.529 como variante de preocupação e escolheu o nome “ômicron”. Foto: Divulgação Santa Catarina confirmou mais dois casos da variante ômicron do coronavírus no estado. As pacientes são de Palhoça e São José, na Grande Florianópolis. A Superintendência de Vigilância em Saúde investiga para saber se houve transmissão local. O estado já havia confirmado um caso, em Jaraguá do Sul, no Norte catarinense.
A informação foi confirmada pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) nesta segunda-feira (27). A Secretaria de Estado da Saúde investiga outros 58 casos suspeitos da ômicron.
Pacientes
A paciente moradora de Palhoça tem 38 anos e a residente em São José, 35. Ambas não têm histórico de viagem para fora do país, conforme a Dive.
Primeiro caso
O primeiro caso da variante ômicron do coronavírus foi confirmado em Santa Catarina na terça-feira (21) pela Dive. O paciente, de 66 anos, é morador de Jaraguá do Sul, no Norte do estado, e foi infectado em uma viagem à África do Sul no início de dezembro.
O morador de Jaraguá do Sul, apresentou os primeiros sintomas em 9 de dezembro, permanecendo em isolamento durante o período de 14 dias, sob acompanhamento da Vigilância Epidemiológica municipal.
Conforme a Dive, ele estava com o esquema vacinal completo, e teve um quadro gripal leve, sem necessidade de hospitalização, mantendo acompanhamento com médico pneumologista.
Ele fez um exame PCR, que foi encaminhado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro, laboratório de referência nacional para Santa Catarina. Nesse local foi feito o sequenciamento genômico que possibilitou a identificação da variante.
O que é a variante ômicron?
No dia 26 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a B.1.1.529 como variante de preocupação e escolheu o nome “ômicron”. Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta.
A ômicron é considerada de preocupação, pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína "spike" (a "chave" que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).