Três homens e uma mulher foram apontados pela Justiça como responsáveis por assassinatos durante confraternização de empresa.
Três homens e uma mulher de uma mesma família foram condenados a 78 anos de prisão, somadas todas as penas, por dois assassinatos cometidos em uma festa de Natal em São José, na Grande Florianópolis. As duas vítimas foram mortas a facadas durante uma confraternização de uma empresa. Cabe recurso.
O crime ocorreu na madrugada de 24 de dezembro de 2020. A sentença foi dada em tribunal do júri de terça-feira (16). O portal não conseguiu contato com a defesa dos réus. Não foi dado a eles o direito de recorrer em liberdade.
Denúncia
As mortes ocorreram por volta de 1h no bairro Serraria. A PM informou que as vítimas foram um homem de 26 anos sem antecedentes criminais e um de 37 anos com passagens pela polícia.
Pela denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), houve o desentendimento entre dois homens, uma mulher e uma adolescente contra um casal, cujo marido foi uma das vítimas. Inicialmente, ele foi atingido por um copo de vidro, que quebrou na cabeça dele, após ele tentar defender a esposa.
Conforme a denúncia, a mulher condenada instigava os familiares a agredirem esse homem e até se armou com um facão.
Depois dessa briga com a vítima, a família deixou o local. Porém, voltou 15 minutos depois com mais um homem, o filho da ré. Ele matou a facadas um outro homem, que estava encostado no carro da vítima que já havia sido agredida anteriormente.
Depois, o filho e os outros dois homens da família mataram com 10 facadas o marido que tentou defender a esposa.
Penas
O Conselho de Sentença reconheceu que o filho, que não estava na confraternização, matou os dois homens por motivo torpe e sem permitir a defesa das vítimas. Por conta disso, ele foi condenado a 28 anos de prisão, em regime fechado. O homem que estava encostado no carro, inclusive, não tinha conhecimento da briga da família com a outra vítima.
A ré foi sentenciada à pena de 17 anos e quatro meses, por uma das mortes e por corrupção de menores. Como ela tem filhos menores de idade, teve o direito a prisão domiciliar, que pode ser revertido a qualquer momento.
Os outros dois homens da mesma família, que estavam desde o início da confraternização, foram condenados à pena de 16 anos e quatro meses de prisão cada, em regime fechado, pela morte do marido que defendeu a esposa.