Esquema envolvendo grandes grupos criminosos do Sul do Brasil é desarticulado em operação internacional
Nesta quarta-feira (10), uma megaoperação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul se estende por quatro Estados e até mesmo na Europa, visando desarticular um complexo esquema envolvendo dois dos maiores grupos criminosos do Sul do Brasil. O município de Tubarão, em Santa Catarina, não escapou dos mandados de busca e apreensão.
De acordo com as autoridades, as facções estabeleceram um convênio visando a aquisição de armas e drogas, numa tentativa de monopolizar o tráfico de entorpecentes na região.
Em solo catarinense, as ordens judiciais foram executadas em diversos municípios, incluindo Balneário Arroio do Silva, Balneário Rincão, Balneário Camboriú, Criciúma, Içara, Itajaí, Itapema, Joinville, Navegantes, Penha e, claro, Tubarão. Surpreendentemente, entre os alvos da "Operação Squadrone", está um cidadão português, cujo mandado de prisão foi cumprido na Europa.
Até o momento, 23 indivíduos foram detidos, e significativas apreensões foram realizadas, incluindo dinheiro em espécie, telefones celulares e porções de drogas.
A ação contou com um efetivo impressionante, reunindo mais de 100 policiais do Rio Grande do Sul, em colaboração com aproximadamente 90 policiais civis de Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
Os detalhes da investigação revelam um esquema complexo e lucrativo, envolvendo tráfico de drogas, posse, porte e comércio ilegal de armas de fogo. Um dos pontos cruciais desse esquema era a movimentação financeira expressiva, que em apenas 15 dias chegou a ultrapassar os R$5 milhões em transações envolvendo cocaína e crack.
As investigações, iniciadas há mais de quinze meses, revelaram a existência de uma associação criminosa altamente estruturada, operando nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Um dos indivíduos-chave na operação era responsável pela ligação entre os grupos criminosos, facilitando as negociações de entorpecentes.
A polícia também identificou o destino do dinheiro proveniente do tráfico, que era direcionado para contas de empresas fictícias nos estados do Paraná e São Paulo, bem como para uma casa de câmbio em Santa Catarina.
Um dos principais alvos da operação, um cidadão português naturalizado brasileiro, destacava-se por comercializar drogas através de um perfil em redes sociais, financiando um estilo de vida luxuoso com os lucros obtidos.
A operação em Tubarão e nos demais locais representa um golpe significativo contra o crime organizado na região Sul do país, reforçando o compromisso das autoridades com a segurança pública e o combate ao tráfico de drogas.
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