Órgão reforça orientações a consumidores e comerciantes após mortes registradas em São Paulo; investigação da PF indica possível distribuição em outros estados
O Procon de Santa Catarina emitiu um alerta à população sobre os riscos de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. A preocupação aumentou após registros de mortes e internações em São Paulo, onde desde junho cinco pessoas perderam a vida e outras nove precisaram de atendimento médico em decorrência da intoxicação.
Embora não haja casos confirmados em território catarinense, o órgão recomenda atenção redobrada por parte dos consumidores e incentiva denúncias diante de qualquer suspeita. A diretora do Procon, Michele Alves, destacou que embalagens com rótulos tortos, mal impressos ou com erros de português, além de preços muito abaixo do mercado, podem ser sinais de falsificação.
O metanol é uma substância tóxica, sem cor, cheiro ou sabor, o que torna a identificação praticamente impossível durante o consumo. Os sintomas de intoxicação costumam surgir entre 6 e 12 horas após a ingestão, incluindo visão turva, dores de cabeça intensas, náuseas, vômitos e, em casos graves, insuficiência respiratória.
Além das orientações ao consumidor, o Procon também reforçou as medidas que devem ser adotadas por fornecedores, como a compra exclusiva de distribuidores formais com nota fiscal válida, conferência de lotes e embalagens, e rejeição de garrafas com lacres violados.
O Ministério da Justiça confirmou que a Polícia Federal já investiga o caso, diante de indícios de que a distribuição das bebidas adulteradas ultrapassou as fronteiras paulistas.
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