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SEGURANÇA

Novos relatos sobre creche em Florianópolis apontam ‘tortura’ em crianças com deficiência

Ex-professora conta que a medicação de criança com autismo era jogada fora pela diretora e criança com deficiência auditiva tinha seu aparelho retirado.

Florianópolis - SC, 06/07/2022 09h14 | Por: Redação | Fonte: ND
O Ministério Público instaurou notícia de fato para apurar o caso e a polícia ainda está colhendo os depoimentos de pais e professores, o que deve terminar apenas nesta quarta (6). Foto: Divulgação

Novos relatos sobre o caso de uma creche em Florianópolis com suspeita de maus-tratos em crianças vieram à tona nesta terça-feira (5). Uma ex-professora da unidade e uma mãe denunciam “tortura” com duas crianças com deficiência, uma com autismo e outra com deficiência auditiva.

O Ministério Público instaurou notícia de fato para apurar o caso e a polícia ainda está colhendo os depoimentos de pais e professores, o que deve terminar apenas nesta quarta (6). 

De acordo com uma mãe, que pediu para não ser identificada, seu filho de apenas três anos tem deficiência auditiva. A criança utiliza aparelho auditivo, que era supostamente retirado pela diretora da creche particupar Bem-me-quer. Além de negar o tratamento escolhido pelos pais, a diretora, supostamente, o xingava de diversas palavras.

“Fui informada pela ex-professora que meu filho era chamado de sujo, porcalhão, burro e imbecil”, comenta a mãe, aos prantos.

Supostamente, a diretora retirava o aparelho e o jogava no chão. A mãe explica que constantemente a criança estava com a orelha vermelha, segundo ela, motivada por tirar e colocar o aparelho “de qualquer jeito”.

A mãe conta ainda que um dia seu filho fez cocô nas calças e a professora teria batido nele com uma sandália. Os relatos, segundo ela, foram passados pela ex-professora que fez a denúncia para os pais. A criança não fala direito ainda, fato que dificultou para que a mãe soubesse dos acontecimentos.

“Ele apenas dizia ‘dodói’ e eu acreditava que era porque ele brincava muito. Ele adora brincar e crianças até podem acabar se machucando”, diz a mãe.

Intolerância à lactose

A mesma criança com deficiência auditiva também tem intolerância à lactose. De acordo com o site do Ministério da Saúde a intolerância à lactose é a incapacidade de digerir a lactose, o açúcar do leite. Esse problema pode causar dores de cabeça, desconforto abdominal, diarreias e vômitos, por exemplo.

Conforme a mãe, mesmo a escola sabendo que o filho possuía intolerância davam para a criança vitaminas com leite de vaca. A criança tinha diarreias e assim a mãe era chamada para buscar o filho na escola. Em casa, segundo a mãe, a criança não tinha tais reações, pois tinha alimentação diferenciada com restrição à lactose.

Sem medicação

De acordo com a denúncia da ex-professora, outra criança também passava por “tortura” nas mãos da diretora da escola. A criança com autismo teve, supostamente, seu medicamento negado por ela.

“Os remédios que os pais mandavam pra ele tomar eram jogados fora, pois ela dizia que ele cuspia nela quando tomava. Quando ele gritava, ela mandava ele calar a boca, gritava com ele e às vezes batia também”, conta a ex-funcionária.

O relato diz ainda que a criança tinha uma irmã mais nova na escola e, quando ela chorava, ele ficava agitado. Então a diretora dizia para a menina que ela não podia de jeito nenhum chorar. Ainda conforme a ex-professora, quando a irmã ameaçava chorar a diretora batia, puxava a orelha e mandava ela calar a boca para não agitar o menino.

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