Tragédia familiar resulta em condenação por homicídio com qualificadoras
Um homem acusado de matar a própria filha de 17 anos para se apropriar da herança dela foi condenado a 18 anos de prisão. A sentença foi informada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em relação ao caso ocorrido em Cerro Negro, na Serra catarinense, em maio de 2022.
Conforme o órgão, o réu residia na casa que a vítima herdou da mãe, falecida em um acidente de trânsito. A jovem foi morta 36 dias antes de completar 18 anos, prazo legal para assumir a posse do imóvel e ser a única responsável pelo bem.
A investigação revelou que o pai da vítima, Nilson Gracietti, foi até a casa onde a adolescente morava com o namorado e a matou com um tiro na cabeça na porta da residência, sem chance de reação.
Após a morte da mãe da filha, ocorrida quando a adolescente tinha 11 meses, o pai permaneceu morando no imóvel dela, formando uma nova família. A adolescente, criada por parentes, ao crescer, decidiu reivindicar a posse do patrimônio.
O julgamento em Campo Belo do Sul durou 12 horas, resultando na condenação a 18 anos de reclusão em regime fechado por homicídio com três qualificadoras: feminicídio, motivo torpe e emprego de recurso que dificultou a defesa. A pena também foi agravada pela relação parental, conforme o Código Penal. Após o julgamento, o homem retornou ao Presídio Masculino de Lages, onde cumprirá a pena.
Julgamento do crime ocorrido em Cerro Negro durou 12 horas — Foto: MPSC/ Divulgação
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