O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), e outras nove pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (3), durante a segunda fase da Operação Caronte. A operação, conduzida pelo GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) e GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), visa responsabilizar os envolvidos em um esquema de fraude em licitações para serviços funerários na cidade.

As ordens de prisão preventiva foram cumpridas em várias cidades de Santa Catarina, incluindo Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul, e São José. A ação é um desdobramento da primeira fase da operação, que já havia resultado na prisão de sete pessoas. Os envolvidos são acusados de formação de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupção, e crimes contra a ordem econômica e a economia popular.

A operação revelou que os grupos empresariais Crematório Catarinense e Bom Jesus; Menino Deus e Frasseto Serviços Funerários; e Recanto da Paz e Criciúma Serviços Funerários se uniram em uma única organização criminosa. Juntos, e em conluio com o núcleo público, assumiram o controle da Central de Serviços Funerários. A investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) aponta que o grupo manipulava valores e a qualidade dos serviços funerários para aumentar a lucratividade e garantir o monopólio.

Operação cumpriu mandados em Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul e São José – Foto: MPSC/ Reprodução/ ND

Em resposta às prisões, a Administração de Criciúma divulgou uma nota afirmando que está ciente dos fatos e reunida para entender melhor a situação e emitir um posicionamento. A prisão do prefeito foi confirmada pelo colunista e apresentador do Grupo ND, João Paulo Messer.

O esquema foi detalhado em uma série de cinco reportagens especiais pelo ND Mais, que mostrou como as licitações públicas foram fraudadas com a anuência de autoridades municipais, causando prejuízos à população de Criciúma.

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