Tribunal mantém prisão de Clésio Salvaro e outros 17 envolvidos na Operação Caronte
O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), continuará preso preventivamente após decisão da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), nesta quinta-feira (19). Salvaro foi detido no dia 3 de setembro sob suspeitas de envolvimento em um esquema de pensamento relacionado ao serviço funerário, que desencadeou a Operação Caronte.
A votação no TJSC foi realizada de forma virtual e terminou com placar de 2 a 1 a favor da manutenção das prisões de todos os 17 suspeitos detidos nas duas fases da operação. O desembargador Zoldan da Veiga votou pela substituição da prisão por medidas cautelares, mas foi vencido pelos votos da relatora, Cinthia Bittencourt Schaefer, e do desembargador Luiz Schweitzer.
Enquanto Salvaro permanece preso, o vice-prefeito, Ricardo Fabris (MDB), foi empossado como prefeito interino. Salvaro nega as acusações e afirma que a prisão tem motivação política.
Entenda a Operação Caronte
A Operação Caronte investiga um suposto esquema de fraude em licitações para serviços funerários em Criciúma. As investigações revelaram, segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), um esquema para reduzir a concorrência entre funerárias, aumentar os preços abusivamente e fornecer produtos de mais qualidade. Salvaro foi preso na segunda fase da operação, que também prendeu outras nove suspeitas.
Defesa de Salvaro
Em vídeo divulgado por sua equipe, o prefeito afirmou ser inocente e destacou que um de seus maiores projetos era regularizar o serviço funerário da cidade. “Não há dolo, intenção ou qualquer coisa que possa me incriminar”, disse ele. A defesa de Salvaro também emitiu nota crítica à prisão e afirmando que não há justa causa para a ação penal.
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