Mesmo tendo fracassado no primeiro dia, caminhoneiros ainda estimulam colegas para que paralisação ganhe força.
O fracasso no dia escolhido, ontem, para o início da greve dos caminhoneiros no Brasil pode ter sido influenciado pelo Governo Federal. As conversas entre os líderes da manifestação e o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, continuam, mas é visível que os motoristas não aderiram a paralisação.
Em Santa Catarina, por exemplo, o fluxo nas rodovias estaduais e federais foi normal durante todo o dia. Na avaliação do Governo Federal a participação, mesmo que silenciosa do Presidente Jair Bolsonaro pode ter sido o enfrequecimento da mobilização.
Em Tubarão representantes de entidades são totalmente contrários ao movimento grevista. Para o presidente da CDL Tubarão, Rafael Gomes Silvério, a possível efetivação de uma greve dos caminhoneiros terá reflexo direto no setor comercial e em todas as demais áreas produtivas, especialmente agora que o comércio começa a se recuperar dos efeitos da pandemia da Covid-19.
"O comércio depende muito do transporte de mercadorias pelos caminhoneiros e caso a greve realmente se concretize, se for igual ou maior que a de 2018, que durou 10 dias, haverá um grande efeito negativo que vai também atingir toda a população na questão do abastecimento de alimentos e de combustível", ressaltou.
Já o presidente da Associação Empresarial de Tubarão, Gean Carlo de Bom da Silva, acredita que exista bom-senso entre caminhoneiros e Governo. "A ACIT é contrária a qualquer tipo de paralisação que possa comprometer a economia neste momento, em que nos recuperamos de uma pandemia. Estamos todos começando a nos restabelecer e não seria coerente paralisar o Brasil num momento como este. Esperamos que todos tenham bom-senso, lutando sempre pelas demandas da categoria, mas evitando comprometer especialmente a indústria, não só da região, mas de todo o país", afirmou.