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Mãe de aluno mostra máscara de má qualidade recebida em escola estadual de SC

MP de Contas aponta irregularidades. Professor da UFSC afirma que equipamento não protege adequada contra coronavírus. TCE deu 60 dias para Secretaria da Educação responder questionamentos.

Florianópolis - SC, 18/09/2021 13h00 | Por: Redação | Fonte: G1 SC
O pregão para a compra das máscaras, conforme o MPC/SC, ocorreu em outubro de 2020. Foto: Divulgação

Uma máscara em duas camadas e que parece transparente foi a que o filho de Mônica Silveira de Almeida recebeu da escola estadual onde estuda, em Florianópolis, como proteção contra o coronavírus. Em uma análise, um professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) afirmou que o equipamento não protege adequadamente.

O Ministério Público de Contas de Santa Catarina (MPC/SC) apontou que as máscaras adaquiridas pela Secretaria de Educação apresentam irregularidades. O Tribunal de Contas (TCE) deu prazo de 60 dias para que a pasta esclareça os fatos. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (16).

Em nota enviada na quinta, a SED afirmou que vai responder aos questionamentos do MPC/SC no prazo determinado. Também disse que "O contrato para aquisição das máscaras é firmado com a empresa vencedora do certame licitatório e a entrega dos materiais é feita sob demanda. Um laudo técnico feito por laboratório especializado e apresentado pela empresa fornecedora atesta que os produtos atendem as especificidades exigidas".

Mônica reparou na máscara recebida pelo filho Samuel quando ele chegou um dia da escola. "Quando eu virei o rosto pra vê-lo, eu olhei e falei: 'filho, eu tô vendo a tua boca!'", relatou a mãe.

A máscara que Samuel ganhou na escola parecia transparente. Mônica examinou e viu que ela tem duas camadas, ao contrário da tripla face recomendada por especialistas. "Eu fiz um teste aqui em casa, usando ela, e ela fica úmida justamente na boca e ela se rasga na boca! Ela solta uns pelinhos", disse Mônica.

Segundo o MPC/SC, a Secretaria da Educação comprou 21.163.100 unidades de máscaras descartáveis, no valor total de R$ 4.761.697,50. O Estado desembolsou R$ 3.564.013,49 até o momento.

O pregão para a compra das máscaras, conforme o MPC/SC, ocorreu em outubro de 2020. Na época, a empresa Rama Comércio e Importação de Produtos Personalizados LTDA foi a vencedora e deveria entregar 21.163.100 unidades.

Os produtos tinham as seguintes especificações: máscara descartável facial sem viseira com no mínimo três camadas, camada externa 100% polipropileno e camada interna de celulose e poliéster, com clips nasal, eficiência de filtragem bacteriana (BFE) acima de 95%, formato anatômico, hipoalergênico, inodora, sem prejuízo da respiração natural, presilhas reforçadas, com ajuste em elástico, sem desprender partículas do material (fiapos), acondicionados em recipiente que garanta a integridade do produto, apresentando na embalagem dados de identificação, lote, data de validade, procedência, apresentar laudo de eficiência de filtragem bacteriana (EBF) e apresentar certificado de aprovação MT.

De acordo com a apuração do MPC/SC, o problema começou com o prazo de entrega. Após pedidos de prorrogação concedidos pela SED, a empresa enviou os primeiros lotes do produto com quase quatro meses de atraso e a marca da máscara havia sido trocada.

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