Polícia Civil estima que mais de 30 licitações foram fraudadas no município de Sangão desde 2012
A segunda fase da operação Vale do Silício, desencadeada nesta quinta-feira (10) pela Polícia Civil, prendeu temporariamente seis servidores públicos em Sangão, no Sul catarinense, entre eles um ex-prefeito, por suspeita de corrupção.
Outras duas pessoas também foram conduzidas à delegacia por, supostamente, terem receptado celulares, objetos de peculato e que foram identificados durante a investigação.
A operação, coordenada pela Decor (Delegacia Especializada no Combate à Corrupção), contou com mais de 20 policiais que cumpriram, além das prisões, quatro mandados de busca e apreensão, três deles em Sangão e um em Tubarão.
Na primeira fase da operação, dois empresários foram presos por suspeita de participarem no esquema – Foto: Polícia Civil/Divulgação ND
O objetivo da operação foi apurar delitos de fraudes em licitações, peculatos, corrupção passiva, associação criminosa e outros crimes, ligados a compras e serviços no ramo de informática, do município de Sangão.
Operação Vale do Silício
A primeira fase da operação aconteceu em agosto de 2021. Na época, dois empresários foram presos, uma servidora afastada das funções e cinco mandados de busca e apreensão cumpridos.
Além disso, houve o bloqueio judicial de R$ 1,1 milhão em bens e valores e a suspensão de todos os contratos com as empresas suspeitas.
Fraudes em licitações
Após essa primeira fase, a polícia passou a analisar materiais e dispositivos eletrônicos apreendidos, além de ouvir testemunhas e tomar outras providências.
Com o avanço das investigações e a identificação de outros participantes no esquema criminoso, o Poder Judiciário, com parecer favorável do Ministério Público, deferiu todos os pedidos formulados pela Polícia Civil, propiciando a segunda fase da operação nesta quinta-feira (10).
O que já foi levantado?
Até o momento, a investigação apurou que mais de 30 licitações foram fraudadas a partir de 2012, em Sangão, além de diversas compras diretas sem processo licitatório.
Segundo a Polícia Civil, as investigações agora prosseguem para elucidar todos os fatos e identificar possíveis novos envolvidos no esquema criminoso.