Publicação destaca críticas à postura do presidente sobre o Irã e cita baixa popularidade interna.
A revista britânica The Economist publicou, no último final de semana, uma reportagem apontando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem demonstrado "incoerência no exterior" e enfrenta "impopularidade em casa".
A matéria cita como exemplo recente o posicionamento oficial do Brasil sobre os conflitos no Oriente Médio. Em 22 de junho, o Itamaraty condenou os ataques realizados por Israel e Estados Unidos contra o território iraniano, classificando a ação como uma "violação da soberania do Irã" e "do direito internacional".
Segundo a revista, a posição brasileira diverge da adotada por outras democracias ocidentais, que em sua maioria apoiaram o ataque norte-americano ou expressaram apenas preocupação com o episódio.
A publicação também faz referência à aproximação do Brasil com o Irã, destacando a entrada formal do país no grupo Brics em 2024. A próxima cúpula do bloco, que reúne economias emergentes, ocorrerá nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro.
Na análise da The Economist, essa "simpatia do Brasil com o Irã" reflete uma estratégia internacional controversa, que contrasta com os desafios enfrentados pelo governo no cenário interno, incluindo índices de popularidade em queda.