Em publicação nas redes sociais, mãe de criança tubaronense com doença grave relata descaso e espera para vaga em UTI
Nesta sexta-feira (8) a mãe da pequena Eloah, publicou um desabafo nas redes sociais, após internar a filha que possui o diagnóstico de atrofia muscular espinhal (AME tipo 1), uma doença genética, rara e progressiva. A criança precisou ser internada na última segunda-feira (4) no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, no sul do estado.
Desde sua entrada na unidade hospitalar, a criança ficou à espero de um leito de UTI. Eloah foi alocada em um espaço destinado para pacientes adultos, segundo a mãe, que relatou a carência no atendimento especializado ao caso da menina, “Já fomos na coordenação, já fomos pra cima dos pediatras de plantão, já registrei B.O e agora de tarde vamos para o ministério público. Oque está acontecendo é inaceitável, absurdo a gente está presenciando negligência, equipe médica sem treinamento para intercorrências com a Eloah pois ela está em sala de adulto, não são profissionais adaptados para lidar com crianças, pois não é leito pediátrico, não tem pediatra e nem enfermeiros preparado, os mesmo descem assim quando necessário’, explica, Fulana.
De acordo com a mãe, Eloah precisou ser intubada ainda nesta quinta-feira, pois a criança teria apresentado esforço extremo para respirar, tendo crises convulsivas durante a madrugada. Ainda, Fulana afirma que a menina teria perdido uma vaga de UTI em uma unidade de atendimento de Lages, no Planalto Serrano, contudo, o profissional responsável para fazer o trâmite não realizou as demandas necessárias, “Havia surgido três vagas de UTI dentro do estado, sendo que uma delas que seria pra Lages, o profissional responsável por ligar para o hospital reservando a vaga, simplesmente não ligou e Eloah perdeu a terceira vaga”, que seria destinada a menina, explica.
Mãe expõe situação de criança diante das ocorrências hospitalares, leia na íntegra o relato:
“Na mema sala da Eloah tem paciente graves, acidentados, chega de tudo e a minha filha aqui no meio de tudo isso, tendo ainda mais risco pois está exposta a tudo, estamos indo atrás de imprensas, TV, jornal, estamos brigando por nossas direito, deis do início estamos encima dos profissionais pois nós PAIS conhecemos nossa filha, a gente vem avisando que ela não tá bem, que ela precisava ser intubada antes, que medicações precisam ser mudada, médicos dizem que exames estão ótimos, já outros dizem que não estão, E AI QUEM ESTÁ FALANDO A VERDADE? Mas como sempre eles não dão ouvidos a nós, eles fazem conforme a conduta deles!"
Segundo a assessoria de comunicação do HNSC, o hospital está acompanhando o caso de Eloah, que está desde segunda-feira (4), em uma UTI semi-intensiva. A criança passa por cuidados dos especialistas que acompanham o estado de saúde da menina.
HNSC nega despreparo de profissionais
Também informado via assessoria, o HNSC relata ser inverdade o despreparo de profissionais, de qualquer setor da unidade, bem como, casos de urgência para crianças e adultos. Conforme o hospital, não há leitos de UTI neonatal e pediátrico no momento, situação que se repete em vários outros hospitais catarinenses.
As tentativas persistem nas unidades de Lages e Itajaí, para a transferência mais eficaz e o quanto antes de Eloah.
Apoio psicológico está sendo oferecido à família, segundo, a assessoria.