A Prefeitura de Capivari de Baixo, atenta ao aumento dos casos de Dengue em Santa Catarina e até mesmo epidemias instauradas em alguns municípios, começa a organizar uma série de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Uma força-tarefa foi montada após um encontro, na Secretaria da Saúde, com participação das agentes de endemias, integrantes da Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária e coordenação da Vigilância em Saúde. O secretário da Pasta, Everson Martins, adianta que já foi definido o aumento na fiscalização, organizada uma capacitação das agentes de endemias para identificar, em laboratório local, a larva do mosquito, além de capacitação das agentes comunitárias e enfermeiras sobre o tema.

“Também estabelecemos o Plano de Manejo do paciente suspeito de Dengue, além da realização do dia D de Conscientização e Combate ao Mosquito Aedes aegypti. Vamos realizar ações de fiscalização em empresas e até mesmo com a utilização de drone em áreas de difícil acesso”, pretende o gestor público.

A participação dos capivarienses na eliminação de água parada é muito importante para que a epidemia da Dengue não se instale aqui também. “O foco é salvar vidas. Foram pelo menos três semanas de muita chuva e isto ajuda os criadouros das larvas e a proliferação dos insetos. Já estamos viabilizando uma campanha de conscientização com o uso de carro de som, cartilhas nas escolas e outras ações. Juntos, conseguimos. Não vamos deixar a Dengue tomar conta do nosso município”, mira Everson.

Sobre as orientações das agentes, vale reforçar de que o não cumprimento de exigências renderá a emissão de notificação e, depois, aberto processo administrativo que pode acarretar em multa, com valores entre R$ 200 a R$ 5 mil, dependendo do caso.

Perigo!

O mosquito Aedes aegypti é o vetor de diversas doenças causadas por vírus, como Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. Ao picar uma pessoa doente, o mosquito é infectado e pode transmitir a enfermidade a uma pessoa sadia.

Fucap

A Univinte/Fucap e a Prefeitura de Capivari de Baixo devem firmar parceria para que o espaço da universidade seja utilizado pelas agentes de endemias que, após um período de capacitação na Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), em Florianópolis, poderão apontar se as larvas coletadas por elas mesmas são ou não do mosquito Aedes Aegypti.

Isso otimizaria o tempo de resposta da equipe, que poderá fazer a varredura padrão de 300 metros, do possível ponto do foco, com muito mais rapidez, evitando, assim, a proliferação do inseto. Hoje, Capivari de Baixo mantém 84 armadilhas espalhadas em todos os bairros.

Não há ônus à municipalidade esta parceria com a Fucap, que se coloca à inteira disposição da máquina pública para ajudar a cidade nesta questão da Dengue. Na quarta-feira (13), membros da Secretaria da Saúde estiveram na universidade. O reitor, Expedito Michels, recepcionou o grupo. O objetivo, segundo Everson, é formalizar cooperações também nas áreas de odontologia e psicologia. O uso do Laboratório de Análises seria a primeira delas.