Ela não tinha comorbidades. Estado também teve outra morte por gripe A, de uma idosa de 96 anos.
Uma menina de 12 anos morreu de gripe A H3N2 em Santa Catarina. A garota morava em Brusque, no Vale do Itajaí, e não tinha comorbidades, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado (Dive) ontem. Outra morte por gripe A, de uma idosa de 96 anos, também foi confirmada.
A Dive explicou que laudo da amostra do caso da menina foi feito pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen). A subtipagem é feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Dessa forma, foi confirmado que a paciente morreu de gripe A H3. A Dive considerou que o caso seja de H3N2 pelo perfil do país. Mas a proteína da superfície neuraminidase (N) será analisado pela Fiocruz.
No caso da idosa, que morava em Joinville, no Norte do estado, não foi identificado o subtipo. Até dezembro, Santa Catarina teve 55 casos de Influenza, sendo um de gripe A H1N1, dois de gripe B, 47 de gripe A H3 e cinco de gripe A com subtipo não identificado ou inconclusivo.
Importância da prevenção
O diretor da Dive, João Fuck, afirmou que a prevenção é uma das formas de a população ficar protegida. “A ventilação natural dos ambientes é uma das principais medidas de prevenção da gripe e de diversas outras doenças de transmissão respiratória, como Covid-19, resfriado, meningite, entre outras”.
Ele também citou a etiqueta da tosse, em que a pessoa deve cobrir a boca e o nariz com um lenço ou o antebraço quando for tossir ou espirrar.
Em relação ao tratamento, a Dive afirmou que não é preciso aguardar a confirmação do diagnóstico. O órgão destacou a importância da prescrição do fosfato de oseltamivir para todos os casos de síndrome gripal que tenham condições e fatores de risco para complicações, independentemente da situação vacinal, mesmo em atendimento ambulatorial. O medicamento está disponível em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
Sobre a vacinação, a Dive informou que a cobertura vacinal alcançada foi de 67,5% do público-alvo na última campanha, que ocorreu de 14 de abril a 9 de julho. A meta era 90%.
“Espaços fechados retêm umidade e calor, fazendo com que vários micro-organismos de transmissão respiratória permaneçam viáveis por mais tempo no ambiente e, com a aglomeração de pessoas, favorecem a transmissão dos mesmos”, explicou o médico infectologista Fábio Gaudenzi. “É importante, ainda, que objetos de uso pessoal não sejam compartilhados e que as mãos sejam lavadas várias vezes ao dia, com água e sabão, ou higienizadas com álcool gel, pois as superfícies tocadas podem estar contaminadas”, acrescenta.
Medidas de prevenção