A partir de agora, a reguladora brasileira irá fazer uma análise técnica sobre o assunto e terá o prazo de 30 dias para a avaliação do pedido.
A farmacêutica Pfizer entrou com o pedido de autorização na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a vacina contra a Covid-19 possa ser aplicada em crianças com idade entre 5 e 11 anos.
"De acordo com o pedido da Pfizer, a dosagem da vacina para a faixa etária será ajustada e menor que aquela utilizada por maiores de 12 anos. Dessa forma, a proposta é ter frascos diferentes, com dosagem específica para cada grupo (maiores ou menores de 12 anos). Segundo a empresa, os frascos serão diferenciados pela cor", informou a Anvisa em nota.
A partir de agora, a reguladora brasileira irá fazer uma análise técnica sobre o assunto e terá o prazo de 30 dias para a avaliação do pedido. A vacina da Pfizer está registrada no Brasil desde 23 de fevereiro deste ano para pessoas com mais de 16 anos e, desde 11 de junho, também para a faixa etária de 12 a 15 anos.
"No caso de vacinas para o público infantil, alguns dos principais pontos de atenção da Anvisa se referem aos dados de segurança e eventos adversos identificados, ajuste de dosagem da vacina, fatores específicos dos organismos das crianças em fase de desenvolvimento, entre outros", completou a nota da Anvisa.
Aprovada nos EUA
A Pfizer já havia informado que iria entrar com o pedido no decorrer de novembro, mas sem informar uma data. Além disso, na terça-feira (2), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), órgão de saúde dos Estados Unidos, aprovou a aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid-19 na mesma faixa etária.
"O CDC agora expande a recomendação de vacinação para cerca de 28 milhões de crianças nesta faixa etária nos Estados Unidos e permite que os distribuidores comecem a vaciná-las o mais rápido possível", disse o documento, divulgado no site do órgão de saúde. A expectativa é que essa nova fase de imunização comece ainda nesta semana.
A decisão para os americanos ocorreu após a autorização da agência reguladora dos Estados Unidos (FDA, sigla em inglês) na última sexta-feira (29). Exceto por uma abstenção, os especialistas votaram de forma unânime, apontando que os benefícios da prevenção contra a Covid-19 superam eventuais riscos associados à vacinação nesta faixa etária.