Neste mês, equipes já capturaram 1.608 mosquitos na cidade
A Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) capturou, neste mês, 1.608 mosquitos em São Martinho, no Sul catarinense, para averiguar os riscos de transmissão da febre amarela. As localidades exploradas foram Rio Gabiroba, Vargem do Cedro e Alto São Martinho.
A iniciativa faz parte de um programa pioneiro, chamado Vigilância Entomológica dos Mosquitos Silvestres, em que os agentes visitam municípios com histórico da doença, exploram a mata nativa, realizam a captura dos insetos, identificam a espécie da amostra e conferem a infecção através de analises moleculares.
Embora as análises ainda não tenham sido concluídas, já foi possível identificar dois gêneros de mosquitos transmissores do vírus da febre amarela: Haemagogus e Sabethes.
Além disso, os profissionais encontraram o mosquito transmissor da malária de mata atlântica, o Anopheles, considerado mais brando que os encontrados no Norte do país.
“É importante reforçar para a população, principalmente a do interior, quando entrar na mata, usar roupas compridas e repelente. Também é de suma importância estar com a vacinação em dia. Por isso, se ainda não estiver vacinado, é aconselhável procurar as unidades de vacinação do município”, alerta a bióloga Sabrina Fernandes.
Em 2021, mais de 80 casos de epizootias – mortes de primatas não humanos com suspeita de infecção ou confirmação por febre amarela – foram registrados na região.
A vacinação é a melhor forma de se proteger da doença. Todos os moradores do estado com mais de nove meses devem ser imunizados. A febre amarela é uma doença de evolução rápida.
Quadro febril agudo de até 7 dias de duração acompanhado de dor de cabeça intensa, dor abdominal, manifestações hemorrágicas, icterícia e elevação das transaminases podem ser um sinal da doença.