Crime ocorreu em 2018 em Imbituba; réu responde por homicídio triplamente qualificado, feminicídio, fraude processual e posse ilegal de arma
Após mais de sete anos, começa nesta quarta-feira (3) o julgamento do oficial de cartório acusado de matar a namorada, a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, de 22 anos, em Imbituba. O júri popular acontece no Fórum da Comarca e pode se estender até sexta-feira (5).
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o réu teria desferido múltiplos golpes abdominais contra Isadora após a jovem revelar à irmã dele sobre o consumo excessivo de drogas e álcool.
O acusado responde por homicídio triplamente qualificado — por motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio — além de fraude processual e posse ilegal de acessório de uso restrito para arma de fogo.
Embora tenha sido preso duas vezes, em 2018 e 2019, ele atualmente responde ao processo em liberdade. A defesa nega o crime, alegando que Isadora sofreu uma overdose, tese que foi descartada pelo laudo cadavérico, o qual constatou lesões traumáticas graves compatíveis com socos, chutes e joelhadas.
Durante buscas na residência do acusado, foram encontrados vestígios de drogas, uma espingarda, uma pistola, 146 munições com registros vencidos e uma mira a laser de uso restrito.
Para a advogada da família da vítima, Daniela Felix, o julgamento representa a luta por justiça após anos de dor. Já os defensores do réu, Aury Lopes Jr. e Ércio Quaresma, mantêm a negativa de autoria.
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